Abacates vão ao Parlamento mas os atropelos das culturas no Algarve já dão frutos

O Ministério do Ambiente, durante dois anos, fez de conta que nada se passava no “reino” das culturas tropicais algarvias. Agora, uma cultura já a produzir teve parecer desfavorável na avaliação ambiental e muitos questionam: qual o preço a pagar pelos erros cometidos? O assunto é discutido nesta quarta-feira na AR.

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Rui Gaudencio

Com foi possível fazer um pomar com 128 hectares, numa área de “máxima infiltração” aquífera, sem Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)? A questão deverá ser colocada ao novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR/Algarve), José Apolinário, nesta quarta-feira, na comissão parlamentar de Ordenamento do Território. A audição foi agendada pelo PAN e BE, depois das associações ambientalistas se terem insurgido contra a nova moda das culturas tropicais, numa região ameaçada pela seca. Nas freguesias de Bensafrim e Barão de São João, duas empresas - Citago e Frutineves - somam cerca 300 hectares de pomares de abacates. No total, esta cultura já ocupa cerca de 1850 hectares no Algarve, segundo os últimos censos agrícolas.

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Com foi possível fazer um pomar com 128 hectares, numa área de “máxima infiltração” aquífera, sem Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)? A questão deverá ser colocada ao novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR/Algarve), José Apolinário, nesta quarta-feira, na comissão parlamentar de Ordenamento do Território. A audição foi agendada pelo PAN e BE, depois das associações ambientalistas se terem insurgido contra a nova moda das culturas tropicais, numa região ameaçada pela seca. Nas freguesias de Bensafrim e Barão de São João, duas empresas - Citago e Frutineves - somam cerca 300 hectares de pomares de abacates. No total, esta cultura já ocupa cerca de 1850 hectares no Algarve, segundo os últimos censos agrícolas.