União Europeia: “O barato sai caro” não é a única lição

Para entender qual é essa lição mais profunda teremos de recuar um ano e meio, até ao momento em que esta Comissão Europeia foi escolhida e a sua presidente, Ursula von der Leyen, nomeada.

Sim, é verdade: da União Europeia tem-se exportado milhões de vacinas para todo o mundo — incluindo dez milhões para o Reino Unido, quando do Reino Unido para a União Europeia vieram zero vacinas. Sim, é verdade, a Astrazeneca tem sido reiteradamente pouco transparente, já desde a altura dos seus ensaios clínicos, e agora parece ter demorado sem razão aparente a certificação pela Agência Europeia do Medicamento de uma sua fábrica nos Países Baixos, o que lhe permite produzir na UE mais dez milhões de vacinas para não usar na UE — um comportamento que tresanda a má-fé e que justifica plenamente o acionar dos tribunais belgas, como previsto nos contratos assinados entre a Comissão Europeia e a farmacêutica.

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Sim, é verdade: da União Europeia tem-se exportado milhões de vacinas para todo o mundo — incluindo dez milhões para o Reino Unido, quando do Reino Unido para a União Europeia vieram zero vacinas. Sim, é verdade, a Astrazeneca tem sido reiteradamente pouco transparente, já desde a altura dos seus ensaios clínicos, e agora parece ter demorado sem razão aparente a certificação pela Agência Europeia do Medicamento de uma sua fábrica nos Países Baixos, o que lhe permite produzir na UE mais dez milhões de vacinas para não usar na UE — um comportamento que tresanda a má-fé e que justifica plenamente o acionar dos tribunais belgas, como previsto nos contratos assinados entre a Comissão Europeia e a farmacêutica.