Árbitros receberam indicações para não punirem lances como o de Luis Díaz em Braga

Conselho de Arbitragem aceita decisão polémica de Luís Godinho e estabelece linhas de acção para o futuro.

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Numa reunião por videoconferência organizada, ​na terça-feira, pela secção profissional do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) - que promoveu a segunda acção de reciclagem e avaliação para árbitros e “assistentes” das categorias C1, C2 e VAR -, os responsáveis daquele organismo instaram os árbitros a não punirem, no futuro, lances como o que determinou a expulsão do colombiano Luis Díaz, do FC Porto, no jogo da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, em Braga.

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Numa reunião por videoconferência organizada, ​na terça-feira, pela secção profissional do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) - que promoveu a segunda acção de reciclagem e avaliação para árbitros e “assistentes” das categorias C1, C2 e VAR -, os responsáveis daquele organismo instaram os árbitros a não punirem, no futuro, lances como o que determinou a expulsão do colombiano Luis Díaz, do FC Porto, no jogo da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, em Braga.

O avançado portista foi expulso com “vermelho” directo na sequência de um choque fortuito com o defesa David Carmo, de que resultou uma lesão grave do “arsenalista”. O árbitro Luís Godinho, da AF Évora, assistido pelo VAR Hugo Miguel (AF Lisboa), puniu o jogador do FC Porto, tendo baseado a decisão no facto de David Carmo ter sofrido uma fractura, independentemente de Luis Díaz se ter limitado a rematar à baliza, não podendo evitar o choque com o adversário.

Agora, o CA da FPF assume o carácter pouco comum do lance (apesar de no dia anterior se ter verificado situação idêntica na Taça de Inglaterra, no Manchester United-West Ham, envolvendo o italiano Angelo Ogbonna e o francês Anthony Martial), pelo que aceita a decisão da equipa de arbitragem, aconselhando, contudo, que em circunstâncias semelhantes não deve existir punição.

Da mesma forma, o CA da FPF entende que em lances como o que se verificou no Belenenses SAD-FC Porto, da 17.ª jornada da Liga, entre o guarda-redes russo Kritciuk e o defesa guineense Nanu, igualmente “casual”, o árbitro decidiu correctamente ao não punir o atleta do Belenenses SAD, apesar de Nanu ter tido perda de conhecimento e sido transportado de ambulância ao hospital.