MAI diz que “escândalo” seria ex-directora do SEF receber sem trabalhar

Cristina Gatões integra um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para actividade de investimento.

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Eduardo Cabrita, ministro da Administração Intern LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro da Administração Interna afirmou hoje que seria um “escândalo” alguém estar a receber sem trabalhar, numa referência à integração da antiga directora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no grupo de trabalho sobre reestruturação do regime de “vistos gold".

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O ministro da Administração Interna afirmou hoje que seria um “escândalo” alguém estar a receber sem trabalhar, numa referência à integração da antiga directora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no grupo de trabalho sobre reestruturação do regime de “vistos gold".

“O que seria um escândalo, seria dizer que alguém está a receber e não está a trabalhar”, afirmou Eduardo Cabrita, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre a integração da ex-directora nacional do SEF Cristina Gatões no grupo de trabalho que vai propor medidas de alteração do regime dos "vistos gold".

O ministro falava aos jornalistas em Castelo Branco, onde presidiu à assinatura de um protocolo entre a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e a MOVIJOVEM - Mobilidade Juvenil, para o funcionamento de cinco Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) em pousadas da juventude.

O SEF confirmou recentemente que Cristina Gatões integra o grupo de trabalho que vai propor medidas de alteração do regime dos "vistos gold".

Cristina Gatões demitiu-se do cargo em Dezembro, na sequência da polémica sobre a morte do cidadão ucraniano Ihor Homenyuk nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, que resultou na acusação de três inspectores daquele serviço de segurança, cujo julgamento se iniciou esta semana.

Em comunicado, o SEF esclareceu que a inspectora coordenadora “é quadro” do serviço e que, por decisão do director nacional, tenente-general Luís Botelho Miguel, “integra um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para actividade de investimento”.