Espanha: profissionais de saúde caminham horas na neve para substituir colegas nos hospitais

Por causa da tempestade Filomena, que cobriu de branco a capital espanhola, profissionais tiveram de ir a pé para os hospitais para substituir colegas que não conseguiram ir a casa.

Foto
Madrid, Espanha Reuters/JUAN MEDINA

Vários profissionais de saúde espanhóis estão a caminhar horas na neve para substituir os colegas que se encontram a trabalhar nos hospitais há muitas horas. Um deles, um jovem médico que trabalha no Hospital Puerta de Hierro, em Madrid, percorreu 17 quilómetros no sábado e foi elogiado pelo ministro da Saúde, Salvador Illa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Vários profissionais de saúde espanhóis estão a caminhar horas na neve para substituir os colegas que se encontram a trabalhar nos hospitais há muitas horas. Um deles, um jovem médico que trabalha no Hospital Puerta de Hierro, em Madrid, percorreu 17 quilómetros no sábado e foi elogiado pelo ministro da Saúde, Salvador Illa.

“Todo o meu reconhecimento a este jovem que viajou para substituir os colegas no Hospital Puerta de Hierro”, disse o ministro, sublinhando que o empenho que todos os profissionais da saúde estão a manifestar “é um exemplo de solidariedade e dedicação” numa altura em que a gestão dos serviços de saúde está a ser dificultada não só pela pandemia de covid-19, mas também pela passagem da tempestade Filomena.

“Depois de 17 quilómetros de neve pura e de uma hora e três quartos cheguei ao hospital para poder ‘render a guarda’. É assim que somos”, disse o jovem num vídeo publicado nas redes sociais.

No mesmo dia, dois enfermeiros caminharam 22 quilómetros na neve para chegar à unidade de cuidados intensivos do Hospital Universitário 12 de Octubre, também na capital espanhola. Outra enfermeira, que seguia a pé para o Hospital Puerta de Hierro, disse ao jornal El Mundo que ia “ajudar os colegas que tinham feito turnos duplos porque não puderam ir a casa por causa da tempestade”.