Mensagem de Sua Excelência Volodimir Zelensky, Presidente da Ucrânia

Pediu-me Sua Excelência, o Senhor Presidente da República de Portugal, que lhe pedisse para enviar uma mensagem ao povo ucraniano a fim de com tal gesto contribuir para o estreitamento das relações entre os nossos dois países. Depois de muito ponderar e atento tão elevado objetivo, decidi que concordaria se ele me pedisse para igualmente enviar uma mensagem ao povo de Portugal.

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Caros amigos,

Pediu-me Sua Excelência, o Senhor Presidente da República de Portugal, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que lhe pedisse para enviar uma mensagem ao povo ucraniano a fim de com tal gesto contribuir para o estreitamento das relações entre os nossos dois países.

Depois de muito ponderar e atento tão elevado objetivo, decidi que concordaria se ele me pedisse para igualmente enviar uma mensagem ao povo de Portugal.

Aqui, portanto, estou eu, a saudar o valoroso povo lusitano que há cerca de cinco séculos decidiu partir para África, Ásia, América e não (infelizmente) partir de Bragança ou Valença para o Centro e o Leste europeu.

Portugal é um país com pouco mais de um terço da velha Crimeia russa ocupada, mas o seu peso na História é gigantesco.

O vosso Presidente causou-me a mais viva impressão de simpatia tendo falado comigo em russo que, segundo ele, aprendeu numa curta estadia em Vladivostok, a caminho do Japão. Era clara a sua pronúncia siberiana. Adiante. Nós, na Ucrânia, não somos muito apreciadores da língua russa. Decidi responder-lhe em italiano, dada a sua queda para o Vaticano.

O Presidente Marcelo não me convidou para o próximo Conselho de Estado, como fez ao Presidente de Cabo Verde, aquando do homicídio do estudante de Cabo Verde em Bragança, porque neste seu mandato já não há mais Conselhos de Estado. Uma contrariedade para ambos, que já fomos jornalistas.

É com a maior satisfação que vos informo em primeira mão que recebi várias comunicações de todos os Presidentes dos países de língua oficial portuguesa para saberem como é que tinha conseguido convencer Marcelo a pedir o envio da mensagem, dado o seu feitio (permitam-me a expressão) ser muito reservado e nada dado a este tipo de “devaneios”.

Por mera gentileza, sugeri-lhes que seria de explorar o envio de um nacional com parecenças com o malogrado Ihor e quando ele chegasse ao aeroporto que declarasse aos inspetores que queria trabalhar nas obras ou algo parecido.

Nesta conformidade, podia ser que Marcelo pedisse a estes países para enviar uma mensagem de saudação no caso de suceder a desgraça que sucedeu ao nosso Ihor.

Para a eventualidade de as coisas não resultarem, expliquei eu, talvez valesse a pena enviar um cidadão mais quezilento. Só experimentando é que se podia saber se tinham sorte e a tal mensagem que nós recebemos e ninguém compreendeu, apesar de ser em português.

Queridos portugueses, a mensagem já vai longa. Peço-vos mais dois minutos.

O nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros é bem competente, honra lhe seja feita. Antes de eu decidir se aceitava o pedido do vosso Presidente recebi do ministério vários dossiês sobre a estrondosa personalidade do vosso Presidente.

Chocou-me um vídeo de uma entrevista de um invejoso de nome Paulo Portas que nada mais fez que atacar da forma mais vil o ilustre Presidente de Portugal.

Suscitou-me repulsa tudo quanto o senhor Paulo Portas, por mera ambição, disse atacando atabalhoadamente o vosso Presidente, se bem que na altura não lhe passasse pela cabeça ser Presidente, sendo o seu sonho ser primeiro-ministro e dono de uma televisão.

Nessa ignominiosa entrevista, Paulo Portas afirmou que Marcelo era filho de Deus e do Diabo, sem nunca dizer quem era a mãe. Inaceitável.

Bom ano e muita saúde.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico