Marcelo renova estado de emergência com alerta para demora na vacinação

Presidente da República apela ao “bom senso e maturidade cívica” dos portugueses no Natal.

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Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República assinou o decreto de mais uma renovação do estado de emergência, para vigorar até 7 de Janeiro, alertando para a demora na vacinação contra a covid-19 até que seja assegurada uma “ampla imunização que trave a pandemia”.

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O Presidente da República assinou o decreto de mais uma renovação do estado de emergência, para vigorar até 7 de Janeiro, alertando para a demora na vacinação contra a covid-19 até que seja assegurada uma “ampla imunização que trave a pandemia”.

Numa mensagem publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa faz um apelo sobre a próxima época festiva. “Ou celebramos o Natal com bom senso, maturidade cívica e justa contenção, ou Janeiro conhecerá, inevitavelmente, o agravamento da pandemia, de efeitos imprevisíveis no tempo e na dureza dos sacrifícios e restrições a impor”, lê-se na nota.

Depois, o chefe de Estado pede que não haja “ilusões” sobre o processo de vacinação contra a covid-19: “Não haverá senão um número muito pequeno de vacinados em Janeiro – os que tiverem recebido a segunda dose a partir de 27 de Janeiro –, e, muito menos haverá, nem em Janeiro, nem nos meses imediatos, os milhões de vacinados necessários para assegurar uma ampla imunização que trave a pandemia”.

O Presidente da República apelou, por isso, a que os portugueses cumpram o “contrato de confiança” para que seja possível evitar “mais casos, mais insuportável pressão nos internados e nos cuidados intensivos e mais mortos”. Esse contrato de confiança, explicou, não é entre os órgãos de soberania mas sim entre os portugueses. “Entre nós e todos os outros nossos compatriotas, que sofrerão na vida, na saúde, no desemprego, nos rendimentos, por causa do que tivermos feito ou deixado de fazer neste Natal”, escreveu, lembrando que o Natal é tudo “menos tempo de egoísmo”. “É tempo de dádiva, de partilha, de solidariedade. Que a dádiva, a partilha, a solidariedade neste Natal de 2020 se traduza, no que dependa de nós, em poupar da pandemia os nossos familiares, vizinhos, amigos, que o mesmo é dizer, o nosso Portugal”, concluiu.