Inflação continuou negativa em Novembro

Índice de preços registou variação de -0,2% em relação a Novembro de 2019. A variação média dos últimos 12 meses foi nula.

Foto
A variação de preços da fruta fresca contribuiu para a descida do IPC Nuno Ferreira Santos

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou nesta segunda-feira que a inflação se manteve negativa em Novembro, mês em que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de -0,2% face a Novembro do ano passado, um valor inferior aos -0,1% registados em Outubro.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou nesta segunda-feira que a inflação se manteve negativa em Novembro, mês em que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de -0,2% face a Novembro do ano passado, um valor inferior aos -0,1% registados em Outubro.

A taxa coincide com o valor divulgado na estimativa rápida a 30 de Novembro.

Também o indicador de inflação subjacente, o índice que exclui os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados, registou uma variação homóloga de -0,2%. O agregado relativo aos produtos alimentares não transformados, refere o INE, registou uma variação de 3,8% em Novembro por comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto o índice relativo aos produtos energéticos continuou negativo, com uma variação de -6%.

Em termos mensais, a variação global do IPC foi de -0,3%, sendo a média dos últimos 12 meses nula, de acordo com os dados actualizados hoje.

Segundo o INE, “é de destacar” o aumento das taxas de variação homóloga de três segmentos: saúde (2,3%), restaurantes e hotéis (0,5%) e bebidas alcoólicas e tabaco (0,5%). Já “em sentido oposto”, o INE assinala a diminuição da taxa de variação homóloga nas áreas do lazer, recreação e cultura (-1,3%) e vestuário e calçado (-3,7%).

Os índices de preços dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, saúde, e bens e serviços diversos contribuíram positivamente para a variação homóloga do IPC, enquanto os transportes e o vestuário e calçado deram contribuições negativas.

A um nível mais desagregado, “são de realçar as contribuições positivas dos sub-subgrupos do vinho, dos medicamentos e especialidades farmacêuticas, dos gelados, das taxas das licenças de televisão e de rádio e dos serviços domésticos efectuados por pessoal remunerado. Em relação às contribuições negativas, destacam-se as dos sub-subgrupos dos hotéis, motéis, pousadas e serviços de alojamento similares, da fruta fresca ou frigorificada, dos voos internacionais, dos seguros relacionados com a habitação e do cinema, teatro e concertos”.

Com a inflação negativa no mês passado, as pensões acima de 658,2 euros ficam congeladas, havendo para as pensões até esse patamar um aumento extraordinário de dez euros decidido pelo Governo.