Aos 80 anos, uma francesa completa a Via Podiensis em 68 dias

A octogenária partiu de Le Puy-en-Velay, no Alto Loire, no dia 20 de Agosto, para o que descreve ter sido uma “maravilhosa experiência”. E tem planos para fazer o Caminho Português de Santiago em 2021.

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Marie-Françoise Français, num albergue espanhol, numa “noite de castanhas assadas” DR/Facebook

“Acabo de regressar de Santiago de Compostela”, anuncia Marie-Françoise Français no Facebook, onde, aos 80 anos, acaba de criar uma conta, convencida por uns amigos, depois de uma viagem que a levou a percorrer o mítico caminho, entre Le Puy-en-Velay, no Alto Loire, leste de França, e o santuário galego. “Parti a 20 de Agosto e cheguei [a Santiago de Compostela] a 29 de Outubro”, conta, já depois de ter sido destaque no Journal de Millau, convocado pela irmã Marie-Cécile no que a própria descreve como “uma partida”.

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“Acabo de regressar de Santiago de Compostela”, anuncia Marie-Françoise Français no Facebook, onde, aos 80 anos, acaba de criar uma conta, convencida por uns amigos, depois de uma viagem que a levou a percorrer o mítico caminho, entre Le Puy-en-Velay, no Alto Loire, leste de França, e o santuário galego. “Parti a 20 de Agosto e cheguei [a Santiago de Compostela] a 29 de Outubro”, conta, já depois de ter sido destaque no Journal de Millau, convocado pela irmã Marie-Cécile no que a própria descreve como “uma partida”.

Aos 80 anos, a mulher fez sozinha mais de 1500 quilómetros do Caminho Francês pela conhecia Via Podiensis, frisando ter “tanta sorte por o conseguir fazer” – demorou 68 dias. “Uma das minhas irmãs, quatro anos mais nova, mas numa cadeira de rodas devido à esclerose múltipla, disse-me que eu tinha realizado ‘o seu sonho’”, recorda na rede social, à conversa com os amigos.

“O aspecto mais marcante desta maravilhosa experiência de vida foi, em primeiro lugar, os maravilhosos encontros que tive e a comunhão com a Natureza, com a nossa Terra”, descreveu ao PÚBLICO por mensagem.

Já a vontade de chegar ao fim foi sempre uma constante. “Excepto no primeiro dia, por causa da minha mochila mal ajustada, em momento algum quis desistir”, recorda, acrescentando que isso não lhe passou pela ideia nem quando o fim de uma etapa se revelou mais difícil. “Sempre quis caminhar todas as manhãs!”, conta. A ajudar, sublinha o facto de ter tido “a sorte de não ter bolhas, de não ter tido dores nas costas”.

Agora, tem outro objectivo em mente: percorrer, em 2021, o Caminho Português de Santiago, com os amigos com quem acabou a jornada deste ano.