Protecção Civil registou 428 ocorrências desde quinta-feira, mas depressão Dora acalmou durante a noite

Pico das ocorrências foi durante a tarde de sexta-feira, provocando quedas de árvores e de algumas estruturas e exigindo limpeza de vias. Não houve vítimas nem danos significativos provocados pelo mau tempo. Para este sábado, prevê-se um “desagravamento” das condições meteorológicas.

Foto
LUSA/Pedro Puente Hoyos

A Protecção Civil registou, entre as 21 horas de quinta-feira e as 9h da manhã deste sábado, 428 ocorrências em todo o país, maioritariamente quedas de árvores, na sequência da passagem da depressão Dora, com Lisboa a ser o distrito mais afectado. Durante a noite, contudo, o mau tempo deu trégua: registaram-se apenas cinco ocorrências.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Protecção Civil registou, entre as 21 horas de quinta-feira e as 9h da manhã deste sábado, 428 ocorrências em todo o país, maioritariamente quedas de árvores, na sequência da passagem da depressão Dora, com Lisboa a ser o distrito mais afectado. Durante a noite, contudo, o mau tempo deu trégua: registaram-se apenas cinco ocorrências.

O comandante Pedro Araújo, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), disse ao PÚBLICO que o distrito de Lisboa foi o mais afectado pelo mau tempo, contabilizando 108 do total de ocorrências registadas no período de alerta iniciado na noite de quinta-feira, seguindo-se os distritos de Coimbra (36 ocorrências) e Leiria (35). Não houve vítimas nem danos significativos provocados pelo mau tempo.

“O pico das ocorrências foi durante a tarde de sexta-feira”, provocando quedas de árvores, algumas quedas de estruturas e exigindo limpezas de vias, explicou Pedro Araújo, por telefone. O número de ocorrências diminuiu na noite de sexta-feira, tendo sido “residuais” durante a madrugada, acrescentou o oficial de operações da Protecção Civil. Para este sábado, prevê-se um desagravamento das condições meteorológicas.

Distritos sob aviso laranja

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Lisboa, Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Leiria, Beja, Coimbra, Braga, devido à previsão de agitação marítima forte na sequência dos efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Este aviso está em vigor entre as 23h53 de sexta-feira e a meia-noite de domingo nos distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro e Braga. Para os distritos de Lisboa, Leiria e Coimbra, o aviso vigora entre as 23h53 de sexta-feira e o meio-dia de domingo, enquanto para os distritos de Faro e Beja, este aviso estende-se até às 18h.

O mau tempo que se vai fazer sentir no continente, pelo menos, até sábado surge na sequência da passagem em Portugal continental da depressão Dora, que trouxe vento forte, precipitação, neve e descida da temperatura.

Nove barras marítimas fechadas

Nove barras marítimas estão neste sábado fechadas a toda a navegação e uma está condicionada, devido à forte agitação marítima que se verifica em consequência da passagem da depressão Dora, segundo a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

De acordo com o site da AMN, encontram-se encerradas à navegação as barras do porto de Caminha, de Vila Praia de Ancora, de Esposende, de Póvoa de Varzim, de Vila do Conde, do Douro, de Aveiro, da Figueira da Foz e de Cascais.

A barra do porto de Viana do Castelo está condicionada a embarcações de comprimento inferior a 30 metros.

A previsão de forte agitação marítima na costa ocidental de Portugal continental estende-se até às 18h de segunda-feira, dia 7 de Dezembro.