Namíbia quer vender 170 elefantes para combater a seca

O país na costa Sudoeste africana garante que a venda será feita de forma responsável. Objectivo é reduzir população de elefantes que “gera conflitos com as populações” de animais e humanos devido à seca.

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População de elefantes na Namíbia cresceu depois do sucesso de um programa de protecção Reuters

A Namíbia, que se encontra em risco de seca, pôs à venda 170 elefantes vivos para reduzir o seu número no território, em parte devido ao crescente conflito entre humanos e animais desta espécie ameaçada de extinção.

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A Namíbia, que se encontra em risco de seca, pôs à venda 170 elefantes vivos para reduzir o seu número no território, em parte devido ao crescente conflito entre humanos e animais desta espécie ameaçada de extinção.

Um anúncio no jornal governamental New Era desta quarta-feira, 2 de Dezembro, oferece para venda 170 elefantes “de alto valor” e apela a manifestações de interesse de compradores nacionais e internacionais.

País semi-árido e pouco povoado da África Austral, a Namíbia é o lar de cerca de 28 mil paquidermes, de acordo com o ministro do Ambiente, Pohamba Shifeta. “Alguns países queixaram-se de que a Namíbia estava a matar elefantes. Em vez disso, decidimos, depois de alguma investigação, vendê-los”, disse.

Segundo o Governo, os elefantes foram postos à venda após “a identificação de uma necessidade de reduzir a sua população devido à seca e ao aumento do número de animais que está a gerar conflitos com as populações”.

Desde 1990, o número de elefantes na Namíbia tinha caído para cerca de 5000, mas aumentou acentuadamente após o estabelecimento de um programa de protecção aclamado a nível mundial.

De acordo com o anúncio, rebanhos inteiros serão capturados de modo a não deixar animais pequenos ou jovens abandonados.

Shifeta adiantou que a Namíbia não tem qualquer intenção de vender estes elefantes de forma imprudente. “Temos de nos certificar que o país é adequado” para os acolher, disse.

Para exportar estes animais, os compradores terão de assegurar que os requisitos da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção) são cumpridos tanto no país de exportação como no país de importação para que a transacção seja autorizada.

Em Junho de 2019, após ter declarado o estado de catástrofe natural devido à seca, a Namíbia tinha também posto à venda mil animais, incluindo 600 búfalos, 150 antílopes, 60 girafas e 28 elefantes. O objectivo era, segundo o Ministério do Ambiente, limitar as perdas animais e obter 1,1 milhões de dólares destinados à conservação das espécies.