PSG aproveita conferência de líderes em Old Trafford

Campeão francês venceu o Manchester United e baralhou as contas do Grupo H. Ronaldo voltou a marcar pela Juventus, em jogo apitado por Stéphanie Frappart.

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Reuters/PHIL NOBLE

A estreia de uma mulher a apitar um jogo da Liga dos Campeões, Raphael Guerreiro a marcar pelo Borussia Dortmund, Cristiano Ronaldo a facturar pela Juventus... Foi fértil a 5.ª jornada da fase de grupos da prova, mas o prato forte do segundo take da penúltima ronda aconteceu em Inglaterra, onde o Paris Saint-Germain aproveitou uma espécie de conferência de líderes para bater o Manchester United (1-3) e repartir por três o comando do Grupo H.

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A estreia de uma mulher a apitar um jogo da Liga dos Campeões, Raphael Guerreiro a marcar pelo Borussia Dortmund, Cristiano Ronaldo a facturar pela Juventus... Foi fértil a 5.ª jornada da fase de grupos da prova, mas o prato forte do segundo take da penúltima ronda aconteceu em Inglaterra, onde o Paris Saint-Germain aproveitou uma espécie de conferência de líderes para bater o Manchester United (1-3) e repartir por três o comando do Grupo H.

Em Old Trafford, o campeão francês estava obrigado a ganhar para se manter nos lugares de apuramento. E começou bem, com um golo de Neymar logo aos 6’, a aproveitar uma segunda bola após um remate inicial de Mbappé. 

A resposta do United, porém, foi convincente. Os “red devils” apoderaram-se da bola, circularam com critério e paciência e chegaram ao empate aos 32’, num remate de Rashford que desviou em Danilo antes de trair Keylor Navas. Um momento infeliz para o médio português, numa noite também pouco conseguida, do lado contrário, por parte de Bruno Fernandes.

Mais confortável na partida e na classificação, o United teve tudo para se colocar em vantagem no segundo tempo. Depois de Rashford ter desperdiçado uma boa ocasião para fazer o 2-1, foi Cavani a estar perto do golo, mas numa transição ofensiva o uruguaio acertou na trave, após uma tentativa de chapéu. No seguimento do lance, Rashford (novamente) permitiu um corte providencial.

Foi preciso uma bola parada para o PSG inverter o rumo dos acontecimentos. Na sequência de um canto, Marquinhos (central habituado aos golos) emendou ao segundo poste e colocou os franceses na frente, aos 69’. Ainda o United assimilava este golpe e já sofria outro, com o segundo cartão amarelo mostrado a Fred.

Apesar da dupla substituição de Solskjaer e de um par de aproximações perigosas do Manchester United, foi mesmo o PSG a fechar as contas, já na compensação, num grande lance colectivo que começou e acabou nos pés de Neymar. Contas feitas, à entrada para a última jornada, o Grupo H tem três líderes.

Isto porque ao United e ao PSG se juntou nesta quarta-feira o RB Leipzig, depois de um jogo entusiasmante na Turquia. O Istanbul Basaksehir ainda recuperou de 0-2 e de 1-3, empatando a partida (tudo graças a uma prestação tremenda do médio Irfan Kahveci, autor de um hat-trick totalmente construído de fora da área), mas os alemães chegaram ao 3-4 já no tempo de compensação (por Soerloth) e atingiram os nove pontos na tabela.

E se as contas neste grupo estão ao rubro, o mesmo não pode dizer-se do Grupo G. Já com o apuramento na mão, o Barcelona impôs-se no terreno dos húngaros Ferencvaros por 0-3, com todos os golos obtidos no primeiro tempo: face à ausência por opção de Lionel Messi, Griezmann (14’), Braithwaite (21’) e Dembélé (28’) fizeram as despesas do ataque.

Também já apurada, a Juventus venceu com naturalidade o Dínamo Kiev, em Turim, pelo mesmo resultado. Federico Chiesa, um dos melhores em campo, inaugurou o marcador de cabeça (21’), e ainda assistiu Cristiano Ronaldo para o 2-0, aos 57’. Foi nada menos do que o 132.º golo do avançado português na Liga dos Campeões, tantos quantos somam, por exemplo, em conjunto, outros goleadores como Lewandowski, Van Nistelrooy e Zamorano na prova.

Morata ainda fechou o marcador aos 66’, confirmando um fosso abissal entre os dois primeiros e os dois últimos do grupo, mas, mesmo que não tivesse havido golos, o Juventus-Dínamo Kiev teria sempre uma história para contar. A da estreia da francesa Stéphanie Frappart, que aos 36 anos se tornou na primeira mulher a dirigir uma partida da Champions — ela, que já tinha arbitrado a Supertaça Europeia de 2019 e dois jogos da Liga Europa, na presente temporada. 

Quem também tem uma história para recordar é Olivier Giroud. O avançado francês contribuiu - e de que maneira - para a inesperada goleada aplicada pelo Chelsea em Espanha, no reduto do Sevilha (0-4). Um resultado que lança os londrinos para o apuramento na primeira posição.

O recital do goleador ex-Arsenal começou logo aos 8’, mantendo-se o 0-1 até ao intervalo. Só que a noite de Giroud ainda mal tinha começado. Aos 54’ bisou, aos 74’ chegou ao hat-trick e aos 83’ elevou a proeza para um inédito póquer na Liga dos Campeões. Aos 34 anos, parece ter recuado no tempo e voltado ao início da carreira, quando, ao serviço do Tours, mas num palco bem mais modesto, marcou quatro golos num jogo só por mais do que uma vez.