Papa Francisco recorda Maradona e reza por ele

Maradona morreu esta quarta-feira após um ataque cardíaco. Papa já acompanhava o seu estado de saúde nos últimos dias.

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O Papa Francisco com Maradona L'OSSERVATORE ROMANO/EPA

O Papa Francisco lembra-se com afecto da lenda do futebol argentino e mundial Diego Maradona e reza por ele, disse esta quarta-feira o Vaticano. Os meios de comunicação oficiais da Santa Sé chamaram-lhe “poeta do futebol”.

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O Papa Francisco lembra-se com afecto da lenda do futebol argentino e mundial Diego Maradona e reza por ele, disse esta quarta-feira o Vaticano. Os meios de comunicação oficiais da Santa Sé chamaram-lhe “poeta do futebol”.

Maradona, que morreu na quarta-feira na sua casa na Argentina após um ataque cardíaco, encontrou-se várias vezes com o Papa no Vaticano depois de Francisco ter sido eleito em 2013 como o primeiro papa da América Latina.

“O Papa foi informado sobre a morte de Diego Maradona, recorda as vezes em que o conheceu nestes últimos anos com afecto, e recorda-o nas suas orações, como o fez nos últimos dias quando foi informado sobre o seu estado”, disse o porta-voz do Vaticano Matteo Bruni.

O Papa Francisco é um fã vitalício da equipa de futebol de Buenos Aires San Lorenzo.

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São imagens de uma vida dedicada ao futebol, mas que em muito o ultrapassou. Morreu um ícone, morreu Diego Maradona

O site oficial do Vatican News publicou uma história da morte de Maradona na sua primeira página com uma manchete chamando-o de “poeta do futebol”. Chamou a Maradona “um jogador extraordinário, mas um homem frágil”, uma referência à sua luta contra a droga.

Maradona viajou a Roma várias vezes para participar em vários jogos de beneficência, chamados “Jogos pela Paz”, cujos lucros foram para uma instituição de caridade papal para a educação nos países em desenvolvimento e para as vítimas do terramoto de 2016 no centro de Itália.

Numa ocasião, Maradona deu ao Papa uma camisola autografada com uma dedicatória que dizia em espanhol: “Ao Papa Francisco, com todo o meu afecto e (desejos de) muita paz no mundo.”

Antes de um jogo, o futebolista disse à Rádio Vaticano: “Penso que todos nós sentimos algo nos nossos corações quando vemos guerras, quando vemos os mortos. Penso que este jogo vai pôr de parte a noção de que nós jogadores de futebol não fazemos nada pela paz... uma bola de futebol vale mais de 100 espingardas.”