Maioria dos portugueses quer recolher obrigatório, mas não confinamento

Metade dos portugueses recusam um novo confinamento similar ao que aconteceu em Março e Abril, indica sondagem da Aximage. A percepção do risco de contágio também tem vindo a aumentar – sobretudo se for em festas, ajuntamentos e transportes públicos.

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Metade dos inquiridos diz conhecer alguém que já tenha sido infectado PAULO PIMENTA

Com os casos de covid-19 a aumentarem e com os máximos diários a serem ultrapassados várias vezes num mês, há uma larga maioria que defende a imposição de recolher obrigatório em Portugal: 81% das pessoas inquiridas para uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias e a TSF concordam com uma medida semelhante à que está a ser aplicada noutros países europeus.

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Com os casos de covid-19 a aumentarem e com os máximos diários a serem ultrapassados várias vezes num mês, há uma larga maioria que defende a imposição de recolher obrigatório em Portugal: 81% das pessoas inquiridas para uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias e a TSF concordam com uma medida semelhante à que está a ser aplicada noutros países europeus.

Já os que defendem um novo confinamento como no início da pandemia, entre Março e Abril, são agora menos: 39%. A maioria das pessoas que se opõe a este fecho generalizado (61%) de comércio, actividade laboral e social tem 65 ou mais anos.

O Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu a 16 de Outubro a possibilidade de recolher obrigatório, caso houvesse um “agravamento brutal da situação”. Agora, alguns autarcas da região norte têm defendido um recolher obrigatório na região, que pode chegar aos 7000 casos diários já na próxima semana, segundo especialistas.

Na sondagem, feita entre 22 e 26 de Outubro, 31% dos portugueses admitiam que a probabilidade de serem infectados era “alta” ou “muito alta”. As festas, transportes públicos e grandes ajuntamentos continuam a ser as situações em que os portugueses mais temem o contágio.

Das pessoas inquiridas, metade conhece alguém que já foi infectado; 48% dizem não ter conhecimento de ninguém que tenha sido infectado.