Plano integrado do SNS para o Outono e o Inverno? “Vai ser uma manta de retalhos”

Desde o início da epidemia de covid, foram contratados para o Serviço Nacional de Saúde 4485 novos profissionais, dos quais 180 são médicos e 1391 são enfermeiros, adianta o Ministério da Saúde, que ainda está a ultimar o plano de resposta para o Outono e o Inverno.

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Hospital Infante D. Pedro, Aveiro Adriano Miranda

O que é que os médicos de família vão fazer quando lhes aparecer alguém com tosse e febre? Terá toda a gente com sintomas de infecção respiratória que fazer testes de diagnóstico do novo coronavírus? E como vão os médicos responder quando as pessoas suspeitas de infecção pelo SARS-CoV-2 lhes pedirem baixas? São estas “as duas grandes dúvidas” que atormentam o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, a uma semana do início do Outono e quando se antecipa um cenário de pressão e sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ainda mais intenso do que o habitual nesta altura do ano, devido à circulação em simultâneo do novo coronavírus, do vírus da gripe e dos outros vírus que provocam infecções respiratórias com sintomas que se confundem, numa mistura explosiva com uma eventual segunda onda de covid-19. Em Julho, o primeiro-ministro avisava que já não havia muito tempo para preparar o SNS para o Outono e o Inverno, mas, dois meses depois, ainda não é conhecida a estratégia integrada de resposta e as críticas avolumam-se.

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O que é que os médicos de família vão fazer quando lhes aparecer alguém com tosse e febre? Terá toda a gente com sintomas de infecção respiratória que fazer testes de diagnóstico do novo coronavírus? E como vão os médicos responder quando as pessoas suspeitas de infecção pelo SARS-CoV-2 lhes pedirem baixas? São estas “as duas grandes dúvidas” que atormentam o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, a uma semana do início do Outono e quando se antecipa um cenário de pressão e sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ainda mais intenso do que o habitual nesta altura do ano, devido à circulação em simultâneo do novo coronavírus, do vírus da gripe e dos outros vírus que provocam infecções respiratórias com sintomas que se confundem, numa mistura explosiva com uma eventual segunda onda de covid-19. Em Julho, o primeiro-ministro avisava que já não havia muito tempo para preparar o SNS para o Outono e o Inverno, mas, dois meses depois, ainda não é conhecida a estratégia integrada de resposta e as críticas avolumam-se.