Covid-19: China quer começar a vacinar cidadãos antes do final do ano

Especialista chinês do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças admite que os cidadãos do país poderão começar a ser vacinados em Novembro ou Dezembro e avança que Pequim, em Julho, vacinou “centenas de milhares de chineses” sem registo de “efeitos colaterais”.

Foto
daniel rocha

O principal conselheiro de biossegurança do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças da China (CDC), Wu Guizhen, defendeu, esta terça-feira, que os cidadãos chineses podem começar a ser vacinados contra a covid-19 em Novembro ou Dezembro, uma vez que os testes clínicos da potencial vacina decorrem sem contratempos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O principal conselheiro de biossegurança do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças da China (CDC), Wu Guizhen, defendeu, esta terça-feira, que os cidadãos chineses podem começar a ser vacinados contra a covid-19 em Novembro ou Dezembro, uma vez que os testes clínicos da potencial vacina decorrem sem contratempos.

Citado pela imprensa oficial, o especialista afirma acreditar que as vacinas contra a doença causada pelo novo coronavírus podem ter um efeito de protecção durante um período de entre um e três anos. Cinco das nove vacinas que chegaram à terceira fase dos testes clínicos em todo o mundo estão a ser desenvolvidas pela China.

Wu Guizhen considerou que o país asiático está a “liderar” este processo e admitiu ter participado num dos ensaios realizados no país: “Fui injectado com uma vacina em Abril, fui voluntário nos exames. Estou-me a sentir bem agora”.

O conselheiro adiantou ainda que especialistas da Comissão Nacional de Saúde estão a rever “intensamente” os projectos de produção das farmacêuticas, e que, por enquanto, duas já receberam autorização para começarem a produzir vacinas.

Por se tratar de um vírus de “alto risco”, o especialista ressaltou que é imprescindível que as vacinas sejam produzidas num ambiente de pressão negativa que evite que o patógeno escape para fora ou para outras salas.

Pequim aprovou o uso emergencial das vacinas para funcionários da saúde e outros sectores no final de Julho. Segundo um director do Grupo Nacional de Biotecnologia da China (CNBG), pelo menos duas vacinas experimentais já foram administradas a “centenas de milhares de chineses, sem terem registado efeitos colaterais”.