Despesas das famílias diminuíram 15% no segundo trimestre
Valor reflecte quebra nas despesas com bens duradouros, nomeadamente automóveis
As despesas das famílias residentes em Portugal diminuíram 15% no segundo trimestre do ano relativamente ao mesmo período de 2019, devido sobretudo à quebra na compra de bens duradouros, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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As despesas das famílias residentes em Portugal diminuíram 15% no segundo trimestre do ano relativamente ao mesmo período de 2019, devido sobretudo à quebra na compra de bens duradouros, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo INE, a despesa de consumo final das famílias residentes diminuiu 15% no segundo trimestre, após uma redução de 1,0% no trimestre anterior, sendo que a despesa em bens duradouros diminuiu 27,6%, “reflectindo principalmente uma quebra abrupta das aquisições de veículos automóveis”.
“A componente de bens não duradouros e serviços também diminuiu de forma expressiva, passando de uma taxa de variação homóloga de -0,6% no 1º trimestre para -13,6%, verificando-se, no entanto, um crescimento mais acentuado na componente de bens alimentares no 1.º e 2.º trimestre”, pode ainda ler-se no documento do INE.
Já em relação ao primeiro trimestre, o consumo das famílias diminuiu 14%, “verificando-se uma variação em cadeia de -23,8% das despesas em bens duradouros (sobretudo de veículos automóveis), tendo as despesas em bens não duradouros e serviços diminuído 13% (taxas de -8,4% e -2,3% no 1º trimestre, respectivamente)”.
“O consumo privado no território económico, reflectindo a expressiva redução da despesa efectuada por não residentes, registou uma taxa de variação homóloga de -21,7% no 2º trimestre de 2020, após uma redução de -2,1% no trimestre anterior”, de acordo com a nota do INE conhecida hoje.
O INE confirmou que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre foi de 16,3% em termos homólogos e de 13,9% em cadeia, de acordo com as Contas Nacionais Trimestrais hoje divulgadas. “A forte contracção da actividade económica reflectiu o impacto da pandemia covid-19 que se fez sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre.”