Endesa investe 90 milhões em central ganha no leilão solar

Grupo espanhol obteve direitos de injecção na rede de 99 megawatts de potência solar, num projecto com baterias que será construído no Algarve.

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Os novos parques resultantes do leilão solar serão construídos no Alentejo e no Algarve Jonathan Bachman

A Endesa Generación Portugal, subsidiária da espanhola Endesa, foi uma das vencedoras do leilão solar cujos resultados foram anunciados na quarta-feira pelo ministro do Ambiente, conseguindo a adjudicação de um ponto de ligação para uma potência de 99 megawatts (MW), no Algarve.

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A Endesa Generación Portugal, subsidiária da espanhola Endesa, foi uma das vencedoras do leilão solar cujos resultados foram anunciados na quarta-feira pelo ministro do Ambiente, conseguindo a adjudicação de um ponto de ligação para uma potência de 99 megawatts (MW), no Algarve.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a empresa que pertence à italiana Enel diz que se trata do “primeiro projecto renovável com armazenamento do grupo na Península Ibérica”.

A central será desenvolvida pela Enel Green Power e representará um investimento de aproximadamente 90 milhões de euros.

“De acordo com as regras do concurso, a Enel terá o direito de conectar o novo projecto solar com armazenamento à rede nacional através de um contrato de fornecimento de 15 anos com o Sistema Eléctrico Nacional”, refere o comunicado.

Segundo o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o secretário de Estado da Energia, João Galamba, as contribuições resultantes destes contratos com os vencedores do segundo leilão de potência solar irão traduzir-se em poupanças totais de 559 milhões de euros para os consumidores de electricidade.

Trata-se de poupanças anuais de 37 milhões de euros, considerando a duração dos contratos.

No total foram adjudicados 670 MW de potência, incluindo oito projectos com baterias (e destes, seis à sul-coreana Hanwha Q Cells), que resultarão numa capacidade de armazenagem para o país de 100 MW, a partir de 2024.

Em Portugal, a Endesa, presidida por Nuno Ribeiro da Silva, é sócia da Trustenergy (uma joint-venture entre a francesa Engie e a japonesa Marubeni) nas centrais a carvão e a gás natural do Pego.

Chegou a ter prevista a construção de uma barragem no Mondego, que foi definitivamente cancelada em 2016, na sequência de um acordo entre o Governo e o Partido Ecologista “Os Verdes”, que resultou na reavaliação do Plano Nacional de Barragens, aprovado em Dezembro de 2007.

No comunicado desta quinta-feira, a Endesa acrescenta que “a Enel Green Power iniciou recentemente a construção de um projecto solar com armazenamento no Texas e tem actualmente projectos semelhantes para mais de 160 MW já aprovados ou em construção”.