“Fuga” ou “exílio”? Juan Carlos divide o Governo, a política e a sociedade espanholas

Rei emérito de Espanha partiu para o estrangeiro – fala-se em Portugal ou República Dominicana – no meio de uma investigação judicial. Executivo foi consultado, mas o Podemos não foi informado. Sánchez e partidos à direita pedem “respeito absoluto”, esquerda e independentistas denunciam “fuga à Justiça”.

Foto
Juan Carlos I (à direita) abdicou do trono espanhol em 2014, a favor do filho, Felipe VI, hoje rei EPA/Juanjo Martin

Juan Carlos, rei emérito de Espanha, invocou as “repercussões públicas” geradas pelas revelações, rumores e notícias recentes sobre as investigações judiciais em curso, relacionadas com as suas contas bancárias, para fazer as malas e partir para o estrangeiro. Mas se o objectivo do monarca de 82 anos, que em 2014 abdicou do trono a favor do seu filho, hoje rei Filipe VI, era conter a excessiva mediatização do caso e proteger a monarquia espanhola, a realidade não podia ser mais discrepante.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Juan Carlos, rei emérito de Espanha, invocou as “repercussões públicas” geradas pelas revelações, rumores e notícias recentes sobre as investigações judiciais em curso, relacionadas com as suas contas bancárias, para fazer as malas e partir para o estrangeiro. Mas se o objectivo do monarca de 82 anos, que em 2014 abdicou do trono a favor do seu filho, hoje rei Filipe VI, era conter a excessiva mediatização do caso e proteger a monarquia espanhola, a realidade não podia ser mais discrepante.