As mortes não são racistas, os filhos não podem ter educação sexual e o país do bafio

Nestas semanas tem havido esforços para manter um país bafiento. Mas podemos sair deste estado com passos de bebé. Começando, por exemplo, por defender o direito à educação sexual. E por reconhecer que há racismo na morte de um negro por um racista.

Um homem negro jovem está numa esplanada numa rua de Moscavide, perto de casa, acompanhado da sua labrador. Um homem branco de idade dispara quatro vezes uma arma de fogo ilegal e o jovem homem negro morre. Três filhos pequenos e uma mulher ficam sem pai e marido. Mas o mais importante? O assassinato dever-se meramente a uma zanga que há dias os dois homens, o que morreu e o que disparou, haviam tido. Foi um assassínio normal, digamos, se se pode chamar normal a tal coisa. Uma discussão, não racismo. Ufa, livrámo-nos desta. Pêsames à família, qualquer morte é horrível – e adiante.

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Um homem negro jovem está numa esplanada numa rua de Moscavide, perto de casa, acompanhado da sua labrador. Um homem branco de idade dispara quatro vezes uma arma de fogo ilegal e o jovem homem negro morre. Três filhos pequenos e uma mulher ficam sem pai e marido. Mas o mais importante? O assassinato dever-se meramente a uma zanga que há dias os dois homens, o que morreu e o que disparou, haviam tido. Foi um assassínio normal, digamos, se se pode chamar normal a tal coisa. Uma discussão, não racismo. Ufa, livrámo-nos desta. Pêsames à família, qualquer morte é horrível – e adiante.