Cinco retratos (incompletos) do Conselho Europeu

A táctica que os “frugais” levaram para a cimeira passava por abrir fogo contra Paris e Berlim e tentar a todo o custo dividir os outros.

Um acordo histórico. O adjectivo é totalmente merecido. Em dois meses a União Europeia conseguiu ir mais longe do que nos últimos dez anos. Talvez porque a capacidade destruidora desta crise deixa as anteriores a larga distância. Quebraram-se vários tabus. O volume do plano de recuperação, no seu conjunto, é impressionante – 1,8 biliões, dos quais 750 mil milhões são para financiar a reconstrução económica e social nos próximos três anos, dos quais 390 mil milhões são a fundo perdido. Se somarmos o “pacote” de 540 mil milhões (em empréstimos) para o socorro mais imediato, aprovado em Junho pelo Eurogrupo, a soma não deixa dúvidas a ninguém. Os mercados rejubilaram. Os juros da dívida de Itália não se aproximavam tanto dos da Alemanha desde Janeiro. “Pela primeira vez, os 27 líderes da União Europeia concordaram em estabelecer um défice federal enquanto instrumento de gestão macroeconómica de uma crise”, escreve o editor para a Europa do Financial Times, Ben Hall.  

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Um acordo histórico. O adjectivo é totalmente merecido. Em dois meses a União Europeia conseguiu ir mais longe do que nos últimos dez anos. Talvez porque a capacidade destruidora desta crise deixa as anteriores a larga distância. Quebraram-se vários tabus. O volume do plano de recuperação, no seu conjunto, é impressionante – 1,8 biliões, dos quais 750 mil milhões são para financiar a reconstrução económica e social nos próximos três anos, dos quais 390 mil milhões são a fundo perdido. Se somarmos o “pacote” de 540 mil milhões (em empréstimos) para o socorro mais imediato, aprovado em Junho pelo Eurogrupo, a soma não deixa dúvidas a ninguém. Os mercados rejubilaram. Os juros da dívida de Itália não se aproximavam tanto dos da Alemanha desde Janeiro. “Pela primeira vez, os 27 líderes da União Europeia concordaram em estabelecer um défice federal enquanto instrumento de gestão macroeconómica de uma crise”, escreve o editor para a Europa do Financial Times, Ben Hall.