Rui Rio usa regresso de Cristina Ferreira à TVI para reiterar críticas a apoios aos media

O líder do PSD voltou a usar o Twitter para atacar os apoios à comunicação social.

Foto
O líder do PSD, Rui Rio, voltou a atacar os apoios do Estado à comunicação social LUSA/RODRIGO ANTUNES

O presidente do PSD utilizou, este sábado, o regresso de Cristina Ferreira à TVI para reiterar as críticas à forma como o Estado apoiou os media, ironizando que “realmente as despesas são muitas e a crise é grande”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente do PSD utilizou, este sábado, o regresso de Cristina Ferreira à TVI para reiterar as críticas à forma como o Estado apoiou os media, ironizando que “realmente as despesas são muitas e a crise é grande”.

“Percebe-se agora o apoio de 15 milhões de euros do Governo a este sector; realmente as despesas são muitas e a crise é grande. Aguardemos agora notícias sobre o apoio público socialista à dispendiosa contratação do novo treinador do Benfica”, escreveu Rui Rio, numa publicação na rede social Twitter, com um link para uma notícia do jornal Expresso em que se refere que a SIC exige pelo menos quatro milhões de euros à apresentadora pela saída.

O líder do PSD tem criticado frequentemente os apoios anunciados pelo Governo à comunicação social, que passam pela compra antecipada de publicidade paga para compensar a perda de receitas publicitárias devido à pandemia de covid-19.

No início de Maio, em entrevista à CMTV, Rui Rio equiparou o scetor da comunicação social, para efeitos de apoios no âmbito da pandemia, a fabricas de móveis ou de sapatos.

“As empresas de comunicação social são empresas iguais às que fabricam móveis, sapatos, têxteis. Se têm uma dificuldade, devem ter todos os apoios que existem para todas as empresas”, afirmou, dizendo discordar de uma subsidiação especial. Nessa entrevista, Rio admitiu, contudo, que pode ser “mais simpático dar dinheiro à comunicação social”, uma vez que o Governo precisa deste sector para “passar a sua mensagem”. E apontou: “Mas isso não é um argumento de interesse nacional, é mais partidário.”

Numa outra publicação no Twitter, em meados de Maio, o líder do PSD escrevia: “15 milhões de euros de impostos para ajudar a pagar os programas da manhã e o Big Brother que voltou em força. Tanto me têm atacado por eu não compreender esta urgência democrática”.

E quando o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, apontou que Rui Rio também foi convidado de alguns programas da manhã, respondeu com novo tweet irónico: “Olha! Este acha que os sítios onde eu vou merecem um subsídio público”.

A apresentadora Cristina Ferreira regressa à TVI em Setembro como directora de entretenimento e ficção e manifestou interesse junto da Prisa em comprar uma participação no capital social da dona da estação, divulgou na sexta-feira a Media Capital. A apresentadora, de 42 anos, vai iniciar “funções no próximo dia 1 de Setembro”.

Entretanto, a SIC referiu que Cristina Ferreira “decidiu cessar unilateralmente a sua ligação à SIC, colocando termo ao contrato que a vinculava até 30 de Novembro de 2022”. Com a cessação unilateral do contrato com a SIC, Cristina Ferreira poderá ter de ressarcir o canal em, pelo menos, quatro milhões de euros, de acordo com fonte ligada ao processo. Daquele montante, dois milhões de euros correspondem ao salário.

A Lusa contactou fonte oficial da SIC sobre o tema, que remeteu qualquer comentário para o comunicado, onde informava que “reserva todos os seus direitos em face desta situação”.