Reino Unido lança programa para incentivar o emprego jovem

O programa anunciado por Rishi Sunak consiste em mais de 2 mil milhões de euros de fundos públicos para os empregadores pagarem os salários a jovens entre os 16 e os 24 anos.

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daniel rocha

O ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, anuncia esta quarta-feira, 8 de Julho, um novo plano para travar o desemprego jovem, numa tentativa de revitalizar a economia depois do confinamento causado pela covid-19.

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O ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, anuncia esta quarta-feira, 8 de Julho, um novo plano para travar o desemprego jovem, numa tentativa de revitalizar a economia depois do confinamento causado pela covid-19.

O programa de 2,2 mil milhões de euros (cerca de 2 mil milhões de libras) vai permitir aos empregadores contratar jovens desempregados entre os 16 e os 24 anos, usando fundos governamentais para lhes pagar o salário mínimo nacional para 25 horas semanais.

“Os jovens suportam o peso da maioria das crises económicas, mas sofrem um risco particular desta vez porque trabalham desproporcionalmente nos sectores afectados pela pandemia”, disse Sunak num comunicado. “Também sabemos que o desemprego jovem tem um impacto a longo prazo nos empregos e nos salários e não queremos que isso aconteça com esta geração”.

A Resolution Foundation estima que o programa possa ajudar 300 mil jovens a encontrar trabalho.

Sunak também vai anunciar um plano de 123 milhões de euros (cerca de 111 milhões de libras) para incentivar estágios quando apresentar ao parlamento a actualização das medidas para ajudar a economia.

A economia britânica deve sofrer uma recessão de mais de 10%, de acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional em Junho, pior do que os Estados Unidos ou a Alemanha, mas uma contracção menos severa do que noutros países europeus.

Os dados de Junho mostram que o número de pessoas a serem pagas pelos empregadores britânicos caiu mais de 600 mil em Abril e Maio quando o confinamento trazido pelo coronavírus atingiu o mercado de trabalho e as ofertas tiveram a maior queda registada.