O mundo sem hierarquias de Joana Escoval

No Museu Colecção Berardo, a artista transforma a experiência da visita de uma exposição de arte.

Foto
DR

O lugar é conhecido: as galerias do piso 01 do Museu Colecção Berardo. É um espaço sem qualidades específicas, constituído por uma enfiada de salas de planta rectangular ligadas por um corredor. Vemos aqui com frequência fotografia, vídeo, desenho; e, mais raramente, peças que relevem de outras disciplinas, já que o pé direito é baixo. Ora, esta exposição de Joana Escoval (n. 1982) começa por transformar totalmente o lugar, e isto através da construção de paredes falsas unicamente com curvas e contra-curvas. Dir-se-ia um labirinto vegetal, ou uma gruta cheia de recantos sombrios que contrastam com salas iluminadas. À medida que caminhamos pelo espaço os pontos de referência já conhecidos de outras visitas (de outras exposições) desaparecem. Nem sequer nos conseguimos aperceber do final da visita, já que a porta de saída está escondida por detrás de uma das paredes fasas.

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O lugar é conhecido: as galerias do piso 01 do Museu Colecção Berardo. É um espaço sem qualidades específicas, constituído por uma enfiada de salas de planta rectangular ligadas por um corredor. Vemos aqui com frequência fotografia, vídeo, desenho; e, mais raramente, peças que relevem de outras disciplinas, já que o pé direito é baixo. Ora, esta exposição de Joana Escoval (n. 1982) começa por transformar totalmente o lugar, e isto através da construção de paredes falsas unicamente com curvas e contra-curvas. Dir-se-ia um labirinto vegetal, ou uma gruta cheia de recantos sombrios que contrastam com salas iluminadas. À medida que caminhamos pelo espaço os pontos de referência já conhecidos de outras visitas (de outras exposições) desaparecem. Nem sequer nos conseguimos aperceber do final da visita, já que a porta de saída está escondida por detrás de uma das paredes fasas.