13 Reasons Why: o fim sem brilho da série que brincou com a saúde mental

A quarta e última temporada da série, uma estranhíssima mistura de Fight Club e 500 Days of Summer, é mais uma representação insultuosa da saúde mental, com alucinações, segredos e muito melodrama à mistura.

Foto
Clay passa toda a última temporada a um passo da auto-destruição Netflix

Começou como adaptação de um romance para jovens adultos escrito por Jay Asher em 2007, com a história de uma aluna do ensino secundário que, vítima de bullying e violação, colocava um fim à sua vida, deixando para trás um conjunto de cassetes em que explicava os contornos da sua decisão – e nomeava aqueles que a haviam motivado. Esgotado o material do livro, não demorou a transformar-se num poço sem fundo, repleto de alucinações, sagas judiciárias, ameaças várias de atentados na escola, assassinatos-mistério, a redenção dos “maus da fita” e comentário social com níveis perigosamente inexistentes de delicadeza. Ninguém discutirá que a série 13 Reasons Why perdeu o seu rumo há demasiado tempo. À quarta e última temporada, disponível na Netflix desde 5 de Junho, este produto televisivo distanciou-se de tal forma das boas intenções com que desejava “iniciar uma conversa” sobre saúde mental que a sua única salvação é o facto de já ter chegado ao fim.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Começou como adaptação de um romance para jovens adultos escrito por Jay Asher em 2007, com a história de uma aluna do ensino secundário que, vítima de bullying e violação, colocava um fim à sua vida, deixando para trás um conjunto de cassetes em que explicava os contornos da sua decisão – e nomeava aqueles que a haviam motivado. Esgotado o material do livro, não demorou a transformar-se num poço sem fundo, repleto de alucinações, sagas judiciárias, ameaças várias de atentados na escola, assassinatos-mistério, a redenção dos “maus da fita” e comentário social com níveis perigosamente inexistentes de delicadeza. Ninguém discutirá que a série 13 Reasons Why perdeu o seu rumo há demasiado tempo. À quarta e última temporada, disponível na Netflix desde 5 de Junho, este produto televisivo distanciou-se de tal forma das boas intenções com que desejava “iniciar uma conversa” sobre saúde mental que a sua única salvação é o facto de já ter chegado ao fim.