Concorrência dá luz verde ao controlo da Salsa pela Sonae

Sonae, que já detinha 50% da sociedade que comercializa a marca de roupa Salsa, passa a controlar 100% da empresa.

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A Salsa está presente em 35 países Patrícia Martins

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à operação que permite à Sonae deter a totalidade da empresa de Vila Nova de Famalicão que comercializa a marca de vestuário Salsa, a IVN - Serviços Partilhados.

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A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à operação que permite à Sonae deter a totalidade da empresa de Vila Nova de Famalicão que comercializa a marca de vestuário Salsa, a IVN - Serviços Partilhados.

A decisão, anunciada nesta segunda-feira no site da AdC, foi tomada a 9 de Junho pelo conselho de administração do regulador, por ter sido considerado que a operação “não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados identificados”.

A Sonae SGPS (grupo que também detém o PÚBLICO) já era dona de 50% do capital da IVN desde 2016, através da retalhista Fashion Division, empresa que explora as insígnias Mo (a antiga Modalfa) e que vende vestuário e acessórios para bebés e crianças da marca Zippy. Agora, compra os restantes 50%, que estavam nas mãos da Wonder Investments SGPS, de Filipe Vila Nova, o fundador da empresa.

O valor do negócio não é conhecido.

A Salsa foi criada em 1994 e hoje está presente em 35 países. Em 2019, registou “vendas a clientes finais superiores a 200 milhões de euros”, tendo fora de Portugal “mais de 60% do seu volume de negócios”, segundo referiu a Sonae em Abril, quando anunciou a operação ao mercado.

Quando nessa altura deu a conhecer a operação ao mercado, ainda condicionada à luz verde da Autoridade da Concorrência, a Sonae informou que a Wonder Investments SGPS comunicou “ter exercido o direito contratual de venda à Sonae Fashion de 50% da IVN – Serviços Partilhados, S.A.”, admitido aquando da compra de 2016.

Pouco antes de concretizar a tomada de todo o capital, a Sonae anunciara a venda da Têxtil do Marco (Temasa) ao empresário Andreas Falley, sócio da Ribera, empresa de Matosinhos que é especializada em rendas e bordados. Uma parte do fabrico das marcas da Zippy e da Mo continuará a ser feito por esta empresa têxtil.