DGS: mexer em jornais ou revistas não implica risco muito grande

Graça Freitas esclareceu que mexer em jornais ou revistas não implica um risco de saúde, mas admitiu que, sem esses objectos, é mais fácil limpar superfícies.

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Direcção-Geral da Saúde disse que mexer em papel não é um risco, mas convém ter superfícies limpas de objectos LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A Direcção-Geral da Saúde explicou este domingo que manusear papel “não implica um risco muito grande” de contágio pelo novo coronavírus, mas disse não recomendar que serviços públicos disponibilizem revistas ou jornais para ser mais fácil limpar as superfícies.

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A Direcção-Geral da Saúde explicou este domingo que manusear papel “não implica um risco muito grande” de contágio pelo novo coronavírus, mas disse não recomendar que serviços públicos disponibilizem revistas ou jornais para ser mais fácil limpar as superfícies.

“Manusear papel - sejam jornais, sejam revistas ou folhas e cadernos - não implica um risco acrescido, muito grande”, afirmou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, falando na conferência de imprensa diária da evolução do surto de covid-19 no país.

De acordo com a responsável, há, porém, “aqui uma nuance”, visto que “é muito mais fácil higienizar num cabeleireiro, entre cada cliente, um espaço onde não está nada - que é pulverizar, passar um pano e fica limpo - do que num espaço onde estejam muito objectos”.

“Nos cabeleireiros, nos barbeiros, nos consultórios, estamos sempre a recomendar a higienização das superfícies [...] e por isso é que nos habituamos agora a ver essas superfícies muito libertas de objectos - de revistas, de jarras, de tudo o que é supérfluo”, acrescentou.

Ainda assim, isto não está relacionado com os materiais em si, neste caso o papel, segundo Graça Freitas.

“Temos de, por um lado, dizer que o risco de manusear papel não é muito grande, mas continuamos a achar que em zonas comerciais esse papel não deve estar presente apenas porque melhora muito a capacidade de limpeza e de higiene de superfícies”, justificou, quando questionada sobre quais as recomendações da DGS para este tipo de elementos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infectou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Em Portugal, morreram 1.517 pessoas das 36.690 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.