Privatização da TAP foi opção política e não houve gestão danosa, conclui DCIAP

Investigação do DCIAP à venda e recompra da aerotransportadora pelo Estado não revelou indícios de práticas criminosas. “Os governos são, na generalidade dos casos, movidos pelos princípios da justiça e da racionalidade, independentemente dos partidos que os sustentem”, escreveu director do DCIAP.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

Foram precisos cinco anos para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) tomar uma decisão sobre as suspeitas relacionadas com a privatização da TAP, em 2015. A conclusão definitiva só chegou no final do mês passado, pela mão do próprio director do departamento do Ministério Público que investiga a criminalidade económico financeira mais complexa: não houve nem gestão danosa nem nenhum outro crime do género quando o Governo liderado por Passos Coelho entregou 61% da companhia ao patrão da Barraqueiro, Humberto Pedrosa, e ao empresário de origem brasileira David Neeleman - os accionistas da Atlantic Gateway -, em troca de dez milhões, da recapitalização e do saneamento financeiro da empresa.