Sabe como prevenir as alergias da Primavera? Siga estes conselhos

Se todos os anos, na Primavera, volta a sofrer de alergias, então é possível que não esteja a fazer tudo o que está ao seu alcance para preveni-las. Veja aqui o que tem mesmo de passar a pôr em prática.

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Se os espirros constantes, a comichão, o nariz entupido, os olhos lacrimejantes ou até as crises de asma fazem parte dos seus rituais de Primavera, isso significa que integra os cerca de 20% da população mundial que sofre de alergias respiratórias, muito comuns nesta altura do ano. E se já começou a sair à rua, depois de ter estado resguardado nos últimos tempos em isolamento, é provável que já esteja a sentir os sintomas daquilo que frequentemente se designa por rinite alérgica e que, só em Portugal, afecta 22% da população de todas as faixas etárias, com principal destaque para as crianças entre os 3 e os 5 anos. Além dos sintomas respiratórios, a urticária é outra manifestação habitual das alergias, caracterizando-se por manchas e babas vermelhas no corpo e comichão intensa.

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Se os espirros constantes, a comichão, o nariz entupido, os olhos lacrimejantes ou até as crises de asma fazem parte dos seus rituais de Primavera, isso significa que integra os cerca de 20% da população mundial que sofre de alergias respiratórias, muito comuns nesta altura do ano. E se já começou a sair à rua, depois de ter estado resguardado nos últimos tempos em isolamento, é provável que já esteja a sentir os sintomas daquilo que frequentemente se designa por rinite alérgica e que, só em Portugal, afecta 22% da população de todas as faixas etárias, com principal destaque para as crianças entre os 3 e os 5 anos. Além dos sintomas respiratórios, a urticária é outra manifestação habitual das alergias, caracterizando-se por manchas e babas vermelhas no corpo e comichão intensa.

O incómodo é enorme e as consequências na qualidade de vida podem ser desastrosas, como vimos aqui. Mas ainda que as alergias possam atingir toda a gente, sabe-se que a hereditariedade pode ter alguma influência, sendo que se os dois pais tiverem doença alérgica a probabilidade de a criança vir também a apresentar sintomas é grande. Da mesma maneira, o estilo de vida parece estar igualmente associado ao aumento das alergias, com alguns especialistas a apontarem o dedo ao sedentarismo, à alimentação pouco saudável e à vida nas cidades, já que aqui as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados e a poluição atmosférica é maior, contribuindo para tornar os pólenes mais agressivos, logo, mais nefastos para quem é alérgico.

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10 conselhos para acabar com as alergias antes que elas acabem consigo

Evitar tudo o que origina e agrava as crises alérgicas é o primeiro passo para manter este problema de saúde controlado e sem os habituais transtornos associados. Estes são os conselhos que deve mesmo seguir a partir deste momento para prevenir as alergias com eficácia:

1. Cuidado com os pólenes – São os principais responsáveis pelas alergias nesta altura do ano e são inevitáveis, porque andam no ar, sendo transportados pelo vento. Entre os muitos que circulam, os mais susceptíveis de causar reacções alérgicas são os de ervas como as gramíneas (feno) e a parietária (alfavaca-de-cobra) e de árvores como a oliveira. O melhor para gerir a situação é consultar o Boletim Polínico, disponibilizado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, onde são apresentadas as concentrações polínicas esperadas para cada zona do país semana a semana. Este serviço de monitorização está momentaneamente suspenso, devido à Covid-19, mas logo que volte a estar acessível é útil para ajudar quem tem alergias identificadas a conhecer as previsões para o local onde passa a maior parte do dia ou para onde pretende deslocar-se em lazer, por exemplo.

2. Atenção às horas – Em regra, as concentrações polínicas são mais elevadas de manhã e ao final da tarde, pelo que o melhor é programar as actividades fora de casa para as restantes alturas do dia.

3. Usar máscara – Quem tem de tratar do jardim de casa, da horta ou fazer outras tarefas no quintal, por exemplo, pode reduzir substancialmente as reacções alérgicas através do uso de uma simples máscara, como as usadas pelos pintores e que muitos de nós temos agora em casa devido à situação que se vive.

4. Trocar de roupa – A roupa e os sapatos com que andamos na rua são excelentes meios de transporte para pólenes e outros alérgenos, como os pelos de animal ou ácaros. O melhor é adoptar o hábito de deixar os sapatos à entrada, trocar de roupa, lavar as mãos e a cara logo ao chegar a casa. Ou seja, os comportamentos que a maioria já põe em prática actualmente acabam por ser vantajosos também na prevenção das alergias.

5. Janelas fechadas – Manter as janelas abertas é uma tentação quando o tempo começa a ficar bom, mas é também uma forma de deixar as alergias entrar. Tanto em casa como no carro é aconselhável manter os vidros fechados e, se for mesmo necessário, recorrer ao ar condicionado, tendo o cuidado de mudar os filtros com frequência.

6. Banho rápido – Um duche à noite, antes de dormir, é também uma boa forma de não levar os causadores de alergias para a cama. Em crianças mais vulneráveis a crises, este é mesmo um hábito a pôr em prática e manter.

7. Acabar com o pó – Quem é sensível aos ácaros do pó – responsáveis por alergias respiratórias e cutâneas, como a urticária – deve ter a casa o mais limpa possível, podendo ser necessário aspirá-la diariamente. O melhor é usar um aspirador adequado, com filtro HEPA (um tipo de filtro muito eficaz com capacidade para filtrar ácaros, vírus e bactérias) ou saco duplo e, de preferência, que esta tarefa seja feita por alguém sem alergias.

8. Trocar lençóis com frequência – Para evitar que os agentes que provocam alergias se acomodem nos lençóis é necessário trocá-los todas as semanas e lavá-los a mais de 50°C. Também as almofadas devem ser lavadas/trocadas com frequência, pois é onde os ácaros tendem a alojar-se.

9. Controlar a humidade – Se há ambiente onde os ácaros e o mofo prosperam é na humidade, pelo que esta deve estar controlada. Possuir um desumidificador e usá-lo quando o nível de humidade da casa (em especial do quarto) ultrapassa os 50% é uma boa solução. Outras opções passam por colocar um exaustor na cozinha e na casa-de-banho para evitar as elevadas concentrações de vapor de água.

10. Deixar entrar o sol – Os bolores são avessos à luz do sol, por isso, abrir os cortinados ou as persianas durante o dia para deixar entrá-la não só faz bem às alergias como contribui para melhorar a disposição de toda a gente.

Quando tudo falha há tratamentos para controlo das alergias 

Mesmo cumprindo à risca todos estes conselhos, há sempre a possibilidade de as alergias falarem mais alto. Nestas ocasiões é importante ter à mão um medicamento com início de acção rápido, como os anti-histamínicos de segunda geração. Estes constituem a primeira opção de tratamento para a rinite alérgica e urticária, segundo as recomendações clínicas internacionais. Entre estes fármacos contam-se Claritine® 10mg comprimidos (loratadina), o anti-histamínico mais vendido no mundo, para o alívio rápido dos sintomas das alergias 12 horas após a primeira toma, que não provoca sonolência em geral. 

Claritine 10mg comprimidos. Contém loratadina. Alivia os sintomas de rinite alérgica (espirros, corrimento e comichão nasal e comichão e ardor nos olhos); e de urticária (comichão, vermelhidão, número e tamanho das lesões da urticária). Indicado para Adultos e crianças com idade igual ou superior a 6 anos com peso corporal superior a 30 kg. Contra-indicado se tem alergia à loratadina ou aos outros componentes. Não usar durante o aleitamento e evitar o uso durante a gravidez. Contém lactose (se tem intolerância a alguns açúcares, contacte o médico antes de tomar este medicamento). Fale com o seu médico ou farmacêutico se sofre de doença hepática. Não tome dois dias antes da realização de testes de sensibilidade cutânea. Medicamento não sujeito a receita médica de dispensa exclusiva em farmácia. Leia atentamente o folheto informativo. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o médico ou farmacêutico.

L.PT.MKT.06.2020.2992