Fuzileiros reforçam vigilância na época balnear

Presença nalgumas praias será pedagógica, sem valência policial, em articulação com as autarquias e os capitães de porto.

Foto
Chefe do Estado Maior da Marinha anunciou fuzileiros na praia LUSA/MIGUEL A. LOPES

O corpo de fuzileiros vai reforçar a vigilância na próxima época balnear, anunciou esta terça-feira o chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O corpo de fuzileiros vai reforçar a vigilância na próxima época balnear, anunciou esta terça-feira o chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado.

“Haverá um aumento de 80 para 15o em permanência, com funções de vigilância, pedagogia, prevenção e salvamento”, disse o chefe militar numa audição na Assembleia da República perante os deputados da Comissão parlamentar de Defesa Nacional. O almirante Mendes Calado insistiu que esta acção dos fuzileiros decorrerá em praias não vigiadas, pois nas outras tais tarefas são da responsabilidade dos concessionários.

Do mesmo modo, revelou que a intervenção daquele corpo de elite da Marinha será articulada com as autarquias, a autoridade marítima, os capitães de porto e a Polícia Marítima, não substituindo a acção das forças de segurança.

Caberá à Polícia Marítima, precisou, a acção policial, que nunca será tarefa do corpo de fuzileiros distribuído pelos 800 quilómetros de costa.

A pedagogia será feita em torno das medidas que o Governo vai anunciar para a permanência dos banhistas na praia, em tempos da pandemia de covid-19, nomeadamente, as normas sociais de comportamento e a manutenção das distâncias que vão ser definidas.

Para a época balnear 2020, o almirante Mendes Calado anunciou que serão mobilizados cerca de 500 agentes da Polícia Marítima, revelando ainda que há um esforço no reforço de efectivos, da ordem dos 50 por ano para entre oito a dez saídas anuais. 

Esta é a segunda fase da actividade da Marinha na situação de emergência contra a pandemia do novo coronavírus, depois de ter preparado centros de acolhimento, como o montado na base do Alfeite, de ter desenvolvido acções de apoio às autarquias e de ter participado na distribuição de entre 150 a 200 refeições diárias aos sem-abrigo de Lisboa.

A Marinha, como anunciou há uma semana o chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, e como reiterou nesta terça-feira, em Évora, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, participa com 20 equipas de desinfecção nas escolas que vão reabrir em meados de Maio para os alunos do 11.º e 12.º anos. 

Essa operação inicia-se esta quarta-feira em várias centenas de escolas do país.