Um assassinato político ao modo da máfia

Resolvi agora visitar os magníficos textos de Oliveira Martins e da sua fonte Fernão Lopes, nenhum dos quais apanhou com a covid-19 e continuam, intactos, a ser do melhor da língua portuguesa e da história de Portugal. É pena que hoje se leiam pouco, mas isso é outra pandemia.

O segundo volume da biografia de Álvaro Cunhal termina com a sua prisão no Luso. Descrevendo o evento, disse que os pides que tinham participado na operação estavam “felizes”. O Manuel Villaverde Cabral disse-me, meio a brincar e meio a sério: “Como é que tu sabes que eles estavam felizes?” Não sabia, claro, mas sabia. Só que não havia fontes para a afirmação. Respondi ao Manuel: “Olha, fiz como o Oliveira Martins quando relata a morte do Andeiro e as reacções da rainha.”

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O segundo volume da biografia de Álvaro Cunhal termina com a sua prisão no Luso. Descrevendo o evento, disse que os pides que tinham participado na operação estavam “felizes”. O Manuel Villaverde Cabral disse-me, meio a brincar e meio a sério: “Como é que tu sabes que eles estavam felizes?” Não sabia, claro, mas sabia. Só que não havia fontes para a afirmação. Respondi ao Manuel: “Olha, fiz como o Oliveira Martins quando relata a morte do Andeiro e as reacções da rainha.”