Área Metropolitana de Lisboa convence empresas a repor carreiras de autocarros suprimidas

Conselho metropolitano, que está reunido esta quinta-feira, sublinha que todos os pagamentos aos operadores privados foram feitos e até antecipados para reduzir cortes no serviço.

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RUI GAUDÊNCIO

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a negociar com os operadores privados de transporte público para que reponham níveis de serviço superiores a 40% nos próximos dias. A decisão aplica-se às empresas de autocarros que começaram a reduzir e a suprimir carreiras devido à quebra de procura. Uma medida que, em alguns casos, fez com que os autocarros enchessem e pusessem em causa o distanciamento social necessário para conter a pandemia de covid-19.

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A Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a negociar com os operadores privados de transporte público para que reponham níveis de serviço superiores a 40% nos próximos dias. A decisão aplica-se às empresas de autocarros que começaram a reduzir e a suprimir carreiras devido à quebra de procura. Uma medida que, em alguns casos, fez com que os autocarros enchessem e pusessem em causa o distanciamento social necessário para conter a pandemia de covid-19.

O posicionamento da AML, decidido na reunião do conselho metropolitano desta quinta-feira, surge depois de operadores como a Rodoviária de Lisboa (RL) e os Transportes Sul do Tejo (TST) terem diminuído a frequência das carreiras entre o fim da semana passada e o início desta.

Na terça-feira, dia em que entraram em vigor as mudanças de horário na RL, tanto a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Sacavém como a Câmara de Loures protestaram contra a medida. “Estas alterações traduzem-se numa dificuldade acrescida para aqueles que têm de continuar a trabalhar, obrigando a deslocações mais demoradas, com mais tempos de espera e transbordos e, com o inevitável aumento de passageiros na pouca oferta disponível, mais risco para a saúde dos trabalhadores e das populações que têm no serviço público de transporte a sua única possibilidade de deslocação”, lamentou Fernando Vaz, da comissão de utentes, num comunicado.

Já Bernardino Soares, autarca de Loures, queixou-se de que a câmara “não teve conhecimento prévio dessas alterações” e informou que tinha questionado a AML sobre o assunto.

No comunicado emitido esta quinta, o primeiro-secretário da organização, Carlos Humberto de Carvalho, sublinha que a AML  “tem cumprido os seus compromissos financeiros, atempadamente, com todos os operadores de transportes” e que, em Abril, “antecipou inclusivamente os seus pagamentos, no sentido de evitar que as situações de layoff, decididas pelas empresas rodoviárias de natureza privada, pudessem representar cortes mais substanciais nos serviços prestados à população”.

Os TST, por exemplo, que implementaram layoff e alterações de horários a partir de 9 de Abril, justificam essas medidas no seu site com a necessidade de “assegurar a manutenção dos postos de trabalho”. Desde a semana passada que estão suspensas as ligações por autocarro entre Lisboa e a Margem Sul.