Covid-19: subida do preço das casas já desacelerou para 0,4% em Março

Variação em cadeia calculada pela Confidencial Imobiliário compara com crescimento de 1,8% de Fevereiro.

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Variações homólogas, diz a empresa, “têm andado consistentemente entre os 14,5% e os 16%” Manuel Roberto

Os preços das casas em Portugal Continental subiram 0,4% em Março, o que demonstra uma desaceleração da variação, em cadeia, face ao crescimento de 1,8% que se tinha registado em Fevereiro. Os cálculos são da Confidencial Imobiliário que, em comunicado, diz que esta é a variação mensal “mais baixa desde o início de 2019, altura desde a qual os preços têm apresentado aumentos mensais sempre superiores a 1%”, à excepção de Agosto (mês em que subiu 0,6%).

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Os preços das casas em Portugal Continental subiram 0,4% em Março, o que demonstra uma desaceleração da variação, em cadeia, face ao crescimento de 1,8% que se tinha registado em Fevereiro. Os cálculos são da Confidencial Imobiliário que, em comunicado, diz que esta é a variação mensal “mais baixa desde o início de 2019, altura desde a qual os preços têm apresentado aumentos mensais sempre superiores a 1%”, à excepção de Agosto (mês em que subiu 0,6%).

Já numa comparação com Março de 2019, o Índice de Preços Residenciais (IPR) elaborado pela consultora Confidencial Imobiliário - que agrega dados de transacções no mercado - mostra que a subida se mantém nos dois dígitos, com um crescimento de 15,6% e dentro do padrão recente. As variações homólogas, diz a empresa, “têm andado consistentemente entre os 14,5% e os 16%”, impulsionadas pela subida do preço dos imóveis em Lisboa e, numa segunda fase, “já em resultado da valorização das periferias e cidade do Porto”.

No comunicado enviado às redacções, o director da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, recorda que estes são os primeiros resultados já com o impacto do novo coronavírus. “Não surpreende que numa primeira fase se registe uma travagem no crescimento de preços”, afirma, acrescentando que, numa segunda fase, “é de esperar que os preços possam manter-se estáveis, dado haver ainda muita incerteza sobre a duração da crise pandémica, havendo resistência dos proprietários em aceitar descontos elevados”.

Este responsável diz admitir que, mais tarde, “se possam ver oscilações maiores nos preços, muito em face de casos concretos de dificuldade financeira por parte dos vendedores”. Tudo dependerá, conclui, da duração da pandemia da Covid-19.