Pintaram contra a maré: mulheres artistas na Itália do Renascimento

São mais e melhores do que pensávamos. As pintoras do Renascimento italiano já tinham sido descobertas pelas historiadoras da arte feministas na década de 70 mas só recentemente os museus de maior prestígio lhes dedicaram catálogos e exposições. Agora que os museus foram fechados, as exposições adiadas e Itália é nomeada pelas mais tristes razões, resta-nos a vontade de um dia ir a Florença, Cremona, Bolonha ou Roma ver a magnífica pintura de Sofonisba Anguissola, Lavinia Fontana ou Plautilla Nelli. A covid-19 fechou museus e adiou exposições. Mas podemos ler sobre elas e ver a sua obra.

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Sofonisba Anguissola , Auto-retrato Perante o Cavalete, c. 1556-57. Lancut, Polónia

Já ouviu falar de Leonardo da Vinci? E de Miguel Ângelo? E de Rafael? Mesmo que não tenha estudado história da arte ou visitado os Uffizi, em Florença, o Louvre, em Paris, o Metropolitan, em Nova Iorque, a National Gallery, em Londres, ou o Prado, em Madrid, é provável que sim. Há nomes de artistas que nos soam, que reconhecemos de livros grandes pousados em cima de mesas baixas, de reproduções em postais, de notícias de grandes exposições com filas à porta e bilhetes esgotados.