Associação do Alojamento Local pede apoio de salários a fundo perdido

Presidente da ALEP recordou também o problema das “mais-valias” com que o sector já se vê confrontado.

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Sector foi contemplado nas linhas de apoio do Governo NELSON GARRIDO

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) defendeu hoje que o Governo deve pensar numa “segunda linha de apoio” com salários a “fundo perdido” no período crítico da pandemia Covid-19, para manutenção dos empregos.

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O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) defendeu hoje que o Governo deve pensar numa “segunda linha de apoio” com salários a “fundo perdido” no período crítico da pandemia Covid-19, para manutenção dos empregos.

“Dado que esta crise se pode prolongar e avançar no Verão, temos de olhar para o que está a ser feito noutros países e pensar numa segunda linha [de apoio financeiro]. Por exemplo, a manutenção do emprego está noutros países a ser apoiada durante um, dois, três meses, nesta fase mais crítica, directamente nos salários dos trabalhadores, ou seja, a fundo perdido”, declarou o presidente da ALEP, Eduardo Miranda.

O Governo anunciou hoje um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3000 milhões de euros, destinadas aos sectores mais atingidos pela pandemia Covid-19, como é o turismo, com um período de carência até ao final do ano e que podem ser amortizadas em quatro anos.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, no âmbito do anúncio das novas linhas de crédito às empresas garantidas pelo Estado, Eduardo Miranda afirmou que a resposta do Governo é “bem-vinda”, em específico da criação duma linha em específico para o Alojamento Local, contudo, alertou que neste momento é também necessário pensar numa “outra linha de apoio”, para além da linha de crédito e microcrédito.

Outro dos problemas urgente elencados hoje pelo presidente da ALEP é o problema das “mais-valias” com que o sector do Alojamento Local se vê confrontado.

“Se nós não resolvermos o problema das mais-valias, mesmo aqueles que queiram sair da actividade, porque não conseguem mais, estão presos, pois ao sair podem ter um custo absurdo de um imposto que é irreal”, alertou, recordando que o problema das mais-valias já tinha sido prometido ser alterado. “Este é o momento certo para o fazer”, defendeu.