Vasco Pulido Valente (1941-2020): a melhor prosa e o “pior feitio” do jornalismo português

O historiador, escritor e ensaísta morreu ontem, na sua casa, em Lisboa, aos 78 anos.

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O corpo de Vasco Pulido Valente estará em câmara ardente domingo, dia 23,a partir das 19h00, no Centro Funerário de Cascais, em Alcabideche. Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Mordaz e lapidar, foi o único colunista a conseguir manter-se em primeiro plano nas páginas dos jornais portugueses ao longo de mais de quatro décadas, o que é dizer muito se considerarmos, como o sociólogo António Barreto, que Vasco Pulido Valente “tinha o pior feitio de Portugal”. O historiador, ensaísta e escritor morreu ontem, aos 78 anos, na sua casa em Lisboa, depois de, ao longo de anos, se ter distinguido como “uma voz dissonante e um olhar lúcido e crítico da política e da sociedade” portuguesas, sem nunca ter procurado nem pedido consensos, como sublinhou a ministra da Cultura, Graça Fonseca, na nota de pesar a propósito do desaparecimento de uma figura que descreveu como “um dos intelectuais mais marcantes da vida pública portuguesa dos últimos cinquenta anos”.

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