“Lei de bases da habitação está a meio caminho entre o conto de fadas e o conto do vigário”

Presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana até 2017, Victor Reis acusa o Governo de estar a fazer um desmantelamento da política pública de habitação ainda antes de a criar

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DANIEL ROCHA

Semanas após ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2020, e dias depois da acesa polémica que levou a trocas de acusações, e justificações, entre o presidente da Câmara de Lisboa e o Tribunal de Contas, o antigo presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o social-democrata Victor Reis não deixa pedra sobre pedra acerca do que diz ter sido um panorama legislativo “aterrador”, que “implodiu o mercado de arrendamento” e deixou uma Lei de Bases que está “no meio caminho entre o conto de fadas e o conto do vigário”. Corrosivo, Victor Reis defende que a habitação pública só pode aumentar com apoios directos à construção, e alargando a acessibilidade dos candidatos ao regime de renda apoiada ou condicionada.

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Semanas após ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2020, e dias depois da acesa polémica que levou a trocas de acusações, e justificações, entre o presidente da Câmara de Lisboa e o Tribunal de Contas, o antigo presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o social-democrata Victor Reis não deixa pedra sobre pedra acerca do que diz ter sido um panorama legislativo “aterrador”, que “implodiu o mercado de arrendamento” e deixou uma Lei de Bases que está “no meio caminho entre o conto de fadas e o conto do vigário”. Corrosivo, Victor Reis defende que a habitação pública só pode aumentar com apoios directos à construção, e alargando a acessibilidade dos candidatos ao regime de renda apoiada ou condicionada.