Violência e estranheza

As vozes que encontram uma justificação para a vandalização da obra de Cabrita Reis numa estranheza da arte moderna e contemporânea tentam justificar o injustificável.

Não sei se se recordam de uma estátua em mármore branco, homenagem a Eça de Queiroz, com a inscrição “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”, que havia no Largo Barão de Quintela, à Rua do Alecrim. Foi retirada em 2001 e substituída por uma cópia em bronze porque era sistematicamente vandalizada. Obra de Teixeira Lopes de 1903, figurativa e alegórica, sempre me surpreendeu a violência da sua sistemática vandalização, desde as mãos decepadas, o sexo da musa objecto de inscrições obscenas, tudo o que a boçalidade pode inventar.

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Não sei se se recordam de uma estátua em mármore branco, homenagem a Eça de Queiroz, com a inscrição “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”, que havia no Largo Barão de Quintela, à Rua do Alecrim. Foi retirada em 2001 e substituída por uma cópia em bronze porque era sistematicamente vandalizada. Obra de Teixeira Lopes de 1903, figurativa e alegórica, sempre me surpreendeu a violência da sua sistemática vandalização, desde as mãos decepadas, o sexo da musa objecto de inscrições obscenas, tudo o que a boçalidade pode inventar.