Elogio dos que regressam ao Tejo

Apesar dos erros e das tremendas omissões, Portugal permaneceu em Macau por quatro séculos e meio. Nenhum outro país cometeu tal feito, escreveu Adelino Gomes em Dezembro de 1999, enviado do PÚBLICO a Macau.

  • Esta crónica de Adelino Gomes, em Macau, foi originalmente publicada na edição do PÚBLICO de 19 de Dezembro de 1999.

1. Tudo nestas escassas horas que faltam para o arrear definitivo da bandeira das Quinas em Macau confirma a crítica essencial que nos últimos anos foi sendo feita à presença de Portugal neste território. Nas ruas, nos hotéis, nos restaurantes, na comunicação social, na vida pública, os portugueses falam, comentam, deslocam-se, rodopiam num frenesim de encontros, de recepções, de últimos recados, de últimas intrigas, de últimas compras, de últimos adeuses num circuito fechado em que não entram os senhores da terra, os que já cá se encontravam antes e vão continuar depois.

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  • Esta crónica de Adelino Gomes, em Macau, foi originalmente publicada na edição do PÚBLICO de 19 de Dezembro de 1999.

1. Tudo nestas escassas horas que faltam para o arrear definitivo da bandeira das Quinas em Macau confirma a crítica essencial que nos últimos anos foi sendo feita à presença de Portugal neste território. Nas ruas, nos hotéis, nos restaurantes, na comunicação social, na vida pública, os portugueses falam, comentam, deslocam-se, rodopiam num frenesim de encontros, de recepções, de últimos recados, de últimas intrigas, de últimas compras, de últimos adeuses num circuito fechado em que não entram os senhores da terra, os que já cá se encontravam antes e vão continuar depois.