Em 2018 consumimos mais de 10 milhões de embalagens de ansiolíticos e sedativos

Especialistas do Conselho Nacional de Saúde alertam que uso prolongado de ansiolíticos leva a um risco de acidentes, quedas e amnésia.

Foto
João Guilherme

Que os portugueses são grandes consumidores de medicamentos psicotrópicos já se sabia. Mas a dimensão deste fenómeno impressiona: no ano passado, foram vendidas quase 10,5 milhões de embalagens de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos (benzodiazepinas) e 8,8 embalagens de antidepressivos, com Portugal a assumir lugares cimeiros relativamente ao consumo destes fármacos na lista de países da OCDE. E, apesar de os médicos conhecerem os riscos do uso prolongado dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, 1,9 milhões de utentes tiveram, em 2016, pelo menos uma prescrição deste tipo de fármacos que causam habituação e que, por isso, apenas deveriam ser utilizados durante períodos curtos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Que os portugueses são grandes consumidores de medicamentos psicotrópicos já se sabia. Mas a dimensão deste fenómeno impressiona: no ano passado, foram vendidas quase 10,5 milhões de embalagens de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos (benzodiazepinas) e 8,8 embalagens de antidepressivos, com Portugal a assumir lugares cimeiros relativamente ao consumo destes fármacos na lista de países da OCDE. E, apesar de os médicos conhecerem os riscos do uso prolongado dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, 1,9 milhões de utentes tiveram, em 2016, pelo menos uma prescrição deste tipo de fármacos que causam habituação e que, por isso, apenas deveriam ser utilizados durante períodos curtos.