Urgências em ruptura: “O Governo faz-se de morto e entretanto as pessoas podem morrer por falta de condições”

Com mais de seis milhões de atendimentos por ano, os serviços de urgência estão a dar cada vez mais sinais de crise, apesar de haver mais profissionais de saúde nos hospitais. Médicos estão desmotivados e pedem “coragem política” para resolver os problemas.

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Paulo Pimenta

As notícias sobre rupturas, crise e até caos nos serviços de urgência hospitalares repetem-se todos os anos no pico da epidemia de gripe, no fim do ano e no Verão, quando as férias dos profissionais agravam um problema que se já se tornou crónico. A diferença, este ano, é que os alertas começaram mais cedo e têm-se sucedido quase sem interrupções, apesar de o Ministério da Saúde repetir que há cada vez mais médicos e enfermeiros e de o número de atendimentos nas urgências não ter aumentado nos hospitais públicos. Pelo contrário, até diminuíram, ainda que ligeiramente: foram menos 27 mil episódios nos primeiros nove meses deste ano.

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As notícias sobre rupturas, crise e até caos nos serviços de urgência hospitalares repetem-se todos os anos no pico da epidemia de gripe, no fim do ano e no Verão, quando as férias dos profissionais agravam um problema que se já se tornou crónico. A diferença, este ano, é que os alertas começaram mais cedo e têm-se sucedido quase sem interrupções, apesar de o Ministério da Saúde repetir que há cada vez mais médicos e enfermeiros e de o número de atendimentos nas urgências não ter aumentado nos hospitais públicos. Pelo contrário, até diminuíram, ainda que ligeiramente: foram menos 27 mil episódios nos primeiros nove meses deste ano.