Noruega vai ter um museu semi-submerso para observação de baleias

No Norte da Noruega, o novo museu vai permitir a observação da passagem migratória de baleias a partir de um edifício camuflado pela natureza e semi-submerso. The Whale abre em 2022.

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Já há imagens de como será o novo museu norueguês dedicado à observação de baleias. Com inauguração prevista para 2022, The Whale situa-se em Andenes, no Norte da Noruega, e tem o formato de uma colina, “como se um gigante tivesse levantado uma fina camada da crosta terrestre e criado uma cavidade por baixo”, descreve Dorte Mandrup, directora criativa do estúdio responsável pelo impressionante projecto arquitectónico do observatório no Círculo Árctico.

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Já há imagens de como será o novo museu norueguês dedicado à observação de baleias. Com inauguração prevista para 2022, The Whale situa-se em Andenes, no Norte da Noruega, e tem o formato de uma colina, “como se um gigante tivesse levantado uma fina camada da crosta terrestre e criado uma cavidade por baixo”, descreve Dorte Mandrup, directora criativa do estúdio responsável pelo impressionante projecto arquitectónico do observatório no Círculo Árctico.

O telhado será preenchido por pedra e musgo, permitindo uma melhor camuflagem do espaço, e funcionará como miradouro privilegiado numa zona de passagem migratório de baleias-anãs. Com cerca de 4500 metros quadrados, semi-submerso e com paredes de vidro, o edifício permite uma vista panorâmica para o oceano e restante paisagem natural da ilha. The Whale irá conter também um café, uma loja, escritórios e diversas exposições com artefactos relacionados com baleias. O intuito do espaço é “criar consciencialização e inspirar a conservação das baleias e seu ambiente”, lê-se num comunicado do museu. Esta obra arquitectónica ganhou um concurso internacional de design este mês de Novembro, disputado por mais 37 equipas.

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Dorte Mandrup

Citada pela plataforma Dezeen, Dorte Mandrup sublinhou que este projecto vai ser parte de um esforço de “aumento do conhecimento sobre as baleias e a preservação da vida marinha”, além de poder vir a ser um “marco arquitectónico numa paisagem já de si extraordinária”, no “limite do oceano”. “Esta oportunidade acarreta uma enorme responsabilidade, algo que é extremamente motivante e inspirador”, disse.

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Dorte Mandrup

Andenes é considerado um dos melhores locais do mundo para observação destes mamíferos marinhos e recebe, anualmente, a visita de 50 mil pessoas que procuram ver baleias, esperando-se com a inauguração do novo museu um aumento dos mesmos. A Noruega é o país com mais mortes de baleias registadas em todo o mundo em 2019, matando mais animais da espécie do que a Islândia e o Japão juntos — os únicos países que permitem a caça à baleia, além do país escandinavo.

A Noruega faz parte do grupo de três países (juntamente com o Japão e a Islândia) onde a caça à baleia-anã é permitida legalmente. Em Junho último, o Governo do Japão voltou a abrir a caça e venda de baleia após 31 anos de proibição e de ter abandonado a Comissão Baleeira Internacional