Plataforma de videojogos do Google estreia-se com apenas uma dúzia de títulos

Portugal está fora dos primeiros países a receber o serviço que incluem os EUA, Canadá, e Reino Unido.

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O responsável do Stadia, Phil Harrison, a mostrar o comando do serviço durante a apresentação, no início do ano REUTERS/STEVEN LAM

A nova plataforma de videojogos online do Google, o Stadia, vai ser lançada na próxima terça-feira, dia 19 de Novembro. Mas só é compatível com 12 videojogos – alguns com mais do que um ano –, o que não chega a metade do número que foi prometido inicialmente. E, apesar das analogias com o Netflix, a subscrição só tem incluída um videojogo grátis por mês. Os outros jogos têm de ser comprados individualmente. 

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A nova plataforma de videojogos online do Google, o Stadia, vai ser lançada na próxima terça-feira, dia 19 de Novembro. Mas só é compatível com 12 videojogos – alguns com mais do que um ano –, o que não chega a metade do número que foi prometido inicialmente. E, apesar das analogias com o Netflix, a subscrição só tem incluída um videojogo grátis por mês. Os outros jogos têm de ser comprados individualmente. 

É uma realidade bem menos ambiciosa do que aquela que o Google anunciou há oito meses. Para já, Portugal está fora dos primeiros países a receber o serviço que incluem os EUA, Canadá, e Reino Unido. 

Foi em Março que a gigante norte-americana primeiro apresentou o Stadia: um serviço para jogar videojogos em vários tipos de dispositivo (como computadores, telemóveis, tablets e televisões conectadas), usando a gigantesca infra-estrutura de servidores da empresa para disponibilizar o conteúdo através da Internet. É uma forma dos jogadores poderem jogar os títulos que compram em vários ecrãs distintos sem terem de descarregar o conteúdo. Basta que tenham uma ligação (rápida) à Internet.

Como o conteúdo é transmitido em formato streaming, o serviço é frequentemente apelidado de “Netflix dos videojogos”. Mas no caso do Google, o que a empresa está a disponibilizar é uma plataforma e ferramentas para programadores optimizarem os seus videojogos a vários ecrãs. 

O Stadia não dá acesso a uma biblioteca de videojogos. Em vez disso, a subscrição premium permite jogar online em elevada qualidade e dá acesso a um videojogo grátis por mês. O primeiro é o Destiny 2, um jogo de tiros lançado em 2017. Os restantes jogos têm de ser comprados. No futuro, uma modalidade sem ser de subscrição (chamada Stadia Basic) também permitirá aos utilizadores jogar os videojogos que compram em qualquer dispositivo, mas terá menor qualidade de imagem.

O pacote inicial do Google custa 130 dólares (cerca de 118 euros). Vem com três meses de subscrição incluídos, um Chromecast Ultra (um dispositivo do Google que permite streaming de conteúdos online para qualquer televisor), e um comando especial que integra o Assistant (a tecnologia de assistente virtual da empresa).

O Stadia é uma aposta num mercado em crescimento: em 2019, o sector dos videojogos facturou perto de 152,1 mil milhões de dólares (138 mil milhões de euros), segundo a analista de mercado Newzoo. O valor inclui jogos físicos, jogos para telemóveis descarregados de lojas de aplicações (como a PlayStore do Google), e jogos online para computador.

Em Portugal, desde Março que a Sony oferece um serviço semelhante com o PlayStation Now, um serviço que permite aos jogadores acederem a obras para PlayStation 2, PlayStation 3 e PlayStation 4 mediante o pagamento de uma mensalidade ou de uma anuidade. 

Em comunicado, a equipa do Google frisa que “mais jogos vão ser adicionados”, e que mais 14 títulos devem chegar até ao final do ano. Favoritos do público como Assassin’s Creed Odyssey (lançado em Outubro de 2018), Mortal Kombat 11 (lançado em Março deste ano) e Shadow of the Tomb Raider (Setembro de 2018) estão entre a primeira dúzia.