Câmara de Valongo quer inaugurar futuros Paços do Concelho em Dezembro de 2021

Desenhado a partir da imagem de um trilobite, “animal pré-histórico muito comum nas serras de Valongo”, o edifício desenvolve-se em três pisos.

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Autarca diz que edifício actual tem falta de espaço NFACTOS / FERNANDO VELUDO

A Câmara de Valongo conta avançar em Agosto de 2020 e ter concluído em Dezembro de 2021 os novos Paços de Concelho, obra orçada em sete milhões de euros, acrescido de 1,2 milhões para expropriações, foi anunciado nesta segunda-feira.

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A Câmara de Valongo conta avançar em Agosto de 2020 e ter concluído em Dezembro de 2021 os novos Paços de Concelho, obra orçada em sete milhões de euros, acrescido de 1,2 milhões para expropriações, foi anunciado nesta segunda-feira.

Ocupando uma área de cerca de 11 mil metros quadrados, sendo que 2.900 metros quadrados são relativos ao edifício e os restantes à Praça da Democracia, o projecto a cargo do arquitecto Miguel Ibraim da Rocha foi construído, segundo o presidente da câmara, José Manuel Ribeiro seguindo três dimensões: identidade, transparência e multifuncionalidade.

Desenhado a partir da imagem de um trilobite, “animal pré-histórico muito comum nas serras de Valongo”, o edifício desenvolve-se em três pisos mais a cave e a sua construção visa “acabar com a permanência de 30 anos da câmara no rés-do-chão de um edifício de habitação”, testemunhou o autarca.

Enfatizando haver hoje “quase 100 funcionários a trabalhar fora do edifício da câmara por falta de espaço”, o autarca apontou o facto de a “dívida ter sido reduzida para mais de metade” como factores para avançar com a construção.

“Vamos ter de nos endividar para pagar uma parte da obra”, disse o autarca sem precisar valores, assegurando, contudo, que os “cerca de 1,2 milhões de euros para pagar as expropriações dos terrenos, onde vai ser instalado o novo edifício, serão suportados por fundos da autarquia”.

Construído com preocupações ambientais, o edifício terá no telhado dois mil metros quadrados de painéis solares, sendo intenção “que no final de cada ano o edifício não consuma mais energia eléctrica do que aquela que produz”, refere o comunicado de imprensa.

Também os painéis que revestem o edifício “irão ser feitos com compósito de de ardósia, pedra muito marcante na região” e que o arquitecto salientou como “o princípio da economia circular”.

“É um projecto que pode marcar futuras construções do género, primeiro porque é um edifício amigo do ambiente, que para além da utilização em toda a fachada terá compósito de ardósia por toda a praça. Para além disso, a multifuncionalidade do seu interior permite que seja totalmente reconfigurado nas suas várias valências”, descreveu o arquitecto.