Black mirror

A obra de Miguel Palma mostra-nos, em espelho, um mundo onde a máquina nunca deixará de reinar.

Foto
Filipe Braga

Comecemos pela peça que artista e curador, respectivamente Miguel Palma e Miguel von Hafe Pérez, destacam, por ser a única que foi realizada especificamente para esta exposição. Trata-se de uma escultura de grande escala, uma montanha de ferro que recorda nitidamente esse símbolo da euforia modernista de há cem anos que é o Monumento à Terceira Internacional de Tatlin. Miguel Palma dotou-a de um motor que produz um cume nevado. De tempo a tempo, o cume da montanha exala uma pequena nuvem de vapor, e a neve produzida, que vai derretendo com a temperatura da sala, escorre como água criando uma vaga noção de perigo. Todos sabem que a electricidade, metal e a água não combinam bem.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Comecemos pela peça que artista e curador, respectivamente Miguel Palma e Miguel von Hafe Pérez, destacam, por ser a única que foi realizada especificamente para esta exposição. Trata-se de uma escultura de grande escala, uma montanha de ferro que recorda nitidamente esse símbolo da euforia modernista de há cem anos que é o Monumento à Terceira Internacional de Tatlin. Miguel Palma dotou-a de um motor que produz um cume nevado. De tempo a tempo, o cume da montanha exala uma pequena nuvem de vapor, e a neve produzida, que vai derretendo com a temperatura da sala, escorre como água criando uma vaga noção de perigo. Todos sabem que a electricidade, metal e a água não combinam bem.