A noite foi de Podence e o Olympiacos já tem um pé na Champions

Na Suíça, quem foi ao Stade de Suisse, em Berna, assistiu ao jogo mais emocionante da noite, entre Young Boys e Estrela Vermelha. Já o Dínamo Zagreb venceu o Rosenborg de forma tranquila.

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Jogadores do Olympiacos festejam na Grécia LUSA/GEORGIA PANAGOPOULOU

O Olympiacos, treinado pelo português Pedro Martins, venceu o Krasnodar, nesta quarta-feira, por 4-0, em jogo da primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões.

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O Olympiacos, treinado pelo português Pedro Martins, venceu o Krasnodar, nesta quarta-feira, por 4-0, em jogo da primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões.

O Krasnodar vinha com estatuto de equipa que eliminou um possível membro do pote 2 da Champions, o FC Porto, mas o estatuto não passou disso mesmo, sendo “atropelado” na Grécia.

A equipa grega acabou por demonstrar superioridade em toda a partida, sobretudo na primeira parte, mas a falta de eficácia impediu o Olympiacos de construir um resultado mais confortável para a segunda mão, na Rússia.

No Pireu, nos arredores de Atenas, Pedro Martins fez subir ao relvado três portugueses no “onze”: José Sá foi o guarda-redes, Rúben Semedo titular no centro da defesa e Daniel Podence foi um dos criativos.

O jogo começou com ascendente claro do Olympiacos, que somou quatro lances de perigo antes dos 15 minutos, ainda que sem oportunidades flagrantes de golo – num deles, Rúben Semedo tentou um pontapé de bicicleta que saiu torto.

O Krasnodar acabou por mostrar algumas dificuldades para lidar com a mobilidade dos jogadores gregos, deixando, várias vezes, Valbuena e Daniel Podence com tempo e espaço para conduzirem e combinarem junto da área.

O Olympiacos já vinha a avisar e, aos 31 minutos, chegou mesmo ao golo: Guerrero recebeu um passe de Masouras, à entrada da área, enquadrou-se com a baliza e rematou rasteiro, em arco, para um golo de belo efeito.

Ofensivamente, a equipa russa ficou debilitada, por esta altura, com a saída do francês Remy Cabella, principal estratega e criador de lances de ataque.

Com o golo grego, o jogo ficou mais “morno” e só nos últimos cinco minutos voltou a animar: o Krasnodar assustou num remate à trave de Marcus Berg, prontamente interrompido por fora-de-jogo, e o português Podence rematou de fora da área, com a bola a passar muito perto da baliza.

A segunda parte ficou marcada por novo ascendente da equipa da casa, desta vez fruto de um jogo muito “partido” e com espaço para transições. Foi dessa forma que os gregos chegaram ao 2-0, com Randjelovic, entrado três minutos antes, a concluir uma saída rápida da equipa de Pedro Martins.

O 3-0 provou que a aposta do treinador português foi totalmente acertada: o jogador sérvio bisou, com um remate forte à entrada da área. O melhor momento do jogo surgiu já perto dos 90 minutos, com um chapéu de Podence - grande exibição do português - a dar um mais tranquilo 4-0.

Resultado perigoso para o Young Boys

Na Suíça, quem foi ao Stade de Suisse, em Berna, assistiu ao jogo mais emocionante da noite. O Young Boys recebeu o Estrela Vermelha (Tomané entrou aos 77 minutos) e empatou a dois golos.

O primeiro festejo fez-se em “ritmo africano”: aos sete minutos, o camaronês Nsamé assistiu de cabeça e o costa-marfinense Assalé finalizou isolado.

Os sérvios empataram pouco depois, com Degenek a cabecear após um canto, e chegaram à vantagem após o intervalo, numa jogada com seis passes, quase todos ao primeiro toque (finalizou o argentino Mateo García).

O Young Boys acabou por conseguir um “mal menor”, com o golo do recém-entrado Hoarau, na conversão de um penálti.

Resultado perigoso para a equipa suíça, que sabe que terá de marcar pelo menos um golo em Belgrado para poder estar na fase de grupos da Liga dos Campeões.

No outro jogo da noite, o Dínamo Zagreb conquistou uma boa vantagem na eliminatória, batendo o Rosenborg, por 2-0. Na Croácia, os golos surgiram ainda na primeira parte, fruto de dois erros noruegueses: no primeiro golo cometeram penálti (Petkovic converteu) e no segundo houve confusão total nas marcações, permitindo a Orsic surgir “na cara do golo”.​