Recuo do sindicato nos salários vai a teste com patrões e trabalhadores

Uma semana de greve depois, os trabalhadores voltam a Aveiras, cansados do protesto e com o país a normalizar. E esperam sinais dos patrões de que o recuo nas exigências salariais é suficiente para sentar todos de volta à mesa, com o Governo como árbitro.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

Quando partiu para o protesto, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) avançou com duas linhas vermelhas bem vincadas nos piquetes de greve: aumentos salariais mais acelerados do que aqueles previstos no acordo assinado pelos outros sindicatos da Fectrans e um pagamento mais substancial das horas extraordinárias, para travar longos dias de trabalho. Uma semana depois, com o país a normalizar os abastecimentos de combustível (os stocks estão em níveis como nunca se tinha visto desde o início da greve) e os grevistas assumidamente cansados, uma das linhas vermelhas já perdeu força, a dos salários. Mas a outra, a das horas extra, permanece em cima da mesa. Como contrapartida, o sindicato pede que o subsídio de operações (que pode envolver as cargas e descargas) suba face ao acordado previamente com os patrões.

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Quando partiu para o protesto, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) avançou com duas linhas vermelhas bem vincadas nos piquetes de greve: aumentos salariais mais acelerados do que aqueles previstos no acordo assinado pelos outros sindicatos da Fectrans e um pagamento mais substancial das horas extraordinárias, para travar longos dias de trabalho. Uma semana depois, com o país a normalizar os abastecimentos de combustível (os stocks estão em níveis como nunca se tinha visto desde o início da greve) e os grevistas assumidamente cansados, uma das linhas vermelhas já perdeu força, a dos salários. Mas a outra, a das horas extra, permanece em cima da mesa. Como contrapartida, o sindicato pede que o subsídio de operações (que pode envolver as cargas e descargas) suba face ao acordado previamente com os patrões.