“Os enfermeiros pensaram: ‘Em Portugal nunca nos vão dar valor’”, diz investigador

Paulo Marques acredita que a nova vaga de emigração pode ficar a dever-se à “desmotivação” que se seguiu ao período das polémicas greves “cirúrgicas”, este ano. Os que emigraram, acredita, não estão a pensar voltar.

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Rui Gaudêncio

Dos milhares de enfermeiros portugueses que emigraram nos últimos anos, empurrados pela crise económica e financeira e pela falta de emprego em Portugal, “muitos nunca mais vão regressar” a curto e médio prazo, afirma, convicto, o professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto, Paulo Marques, que compilou em livro as histórias de nove jovens que foram trabalhar para o estrangeiro nesses tempos difíceis. Nenhum destes, assegura, tenciona voltar no curto e médio prazo. E nem os “incentivos temporários” agora oferecidos pelo Governo português para estimular o retorno “serão suficientes” para os convencer, diz. “A maior parte dos enfermeiros que saíram não pensa regressar”, reforça.

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Dos milhares de enfermeiros portugueses que emigraram nos últimos anos, empurrados pela crise económica e financeira e pela falta de emprego em Portugal, “muitos nunca mais vão regressar” a curto e médio prazo, afirma, convicto, o professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto, Paulo Marques, que compilou em livro as histórias de nove jovens que foram trabalhar para o estrangeiro nesses tempos difíceis. Nenhum destes, assegura, tenciona voltar no curto e médio prazo. E nem os “incentivos temporários” agora oferecidos pelo Governo português para estimular o retorno “serão suficientes” para os convencer, diz. “A maior parte dos enfermeiros que saíram não pensa regressar”, reforça.