Matosinhos vai ter desfibrilhadores no espaço público

O projecto “pioneiro” arranca em Outubro e numa primeira fase disponibilizará 15 aparelhos pelo concelho. A médio prazo, o objectivo é alargar a outros pontos do município.

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daniel rocha

 Para o arranque são 15 os desfibriladores que serão instalados em vários pontos do município de Matosinhos, mas o objectivo é englobar, a médio prazo, mais áreas do concelho. O projecto Matosinhos Município Cardioprotegido, aprovado nesta terça-feira pelo executivo municipal, está previsto arrancar no Outono, no âmbito do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE). Matosinhos será um dos primeiros concelhos a avançar.

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 Para o arranque são 15 os desfibriladores que serão instalados em vários pontos do município de Matosinhos, mas o objectivo é englobar, a médio prazo, mais áreas do concelho. O projecto Matosinhos Município Cardioprotegido, aprovado nesta terça-feira pelo executivo municipal, está previsto arrancar no Outono, no âmbito do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE). Matosinhos será um dos primeiros concelhos a avançar.

 Neste município o programa surge fruto de um protocolo entre a autarquia e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) com um objectivo prioritário: aumentar a probabilidade de sobrevivência das vítimas de paragem cardiorrespiratória.

Casa da Arquitectura, Câmara Municipal de Matosinhos, Edifício do Gabinete de Segurança e Protecção Civil, Centro de Desportos e Congressos, Praia de Matosinhos, Praia de Leça da Palmeira, Mercado de Matosinhos, Piscina Senhora da Hora, Piscina de Matosinhos, são os primeiros pontos a receber os aparelhos. Somam-se a estes espaços duas viaturas da Polícia Municipal, uma viatura da Protecção Civil, e três do Serviço de Salvamento Balnear.​

 Segundo o site do Sistema Nacional de Saúde, a morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação eléctrica que consiste na administração de choques eléctricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação. Seguindo esta indicação, Matosinhos avança com o programa.

 A parceria que segue normas e directivas que constam no PNDAE para utilização de Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE), em ambiente extra-hospitalar, prevê que as responsabilidades sejam repartidas pelas duas entidades parceiras – autarquia e ULSM.

 Durante a discussão do proposta levada à reunião, o vereador da oposição eleito pelo PSD, Jorge Magalhães, médico de profissão, que deu luz verde ao documento, sublinhou ser fundamental que os aparelhos sejam operadas por pessoal especializado.

 De acordo com o vereador da Mobilidade e da Protecção Civil, José Pedro Rodrigues, essa questão está acautelada. Numa primeira fase, explica, estarão no local onde serão instalados os desfibrilhadores técnicos com formação em permanência. Numa segunda fase a formação será aberta à população, explica. Depois de o programa estar em andamento o passo seguinte é “alargar a medida a outros pontos do concelho”.