Dos Prides às marchas críticas: O Orgulho também se vende?

No ano em que Lisboa abriu a marcha LGBT ao apoio de empresas, o Orgulho do Porto saiu à rua sob o lema: “O Porto não se rende e o Orgulho não se vende.” Noutros países, há cada vez mais marchas alternativas. Animar ou libertar a malta — o que faz falta?

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Reuters/HENRY NICHOLLS

No ano em que se completam 50 anos desde a revolta de Stonewall, a marcha do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, intersexo e outras identidades) de Nova Iorque dividiu-se. De um lado manteve-se a gigantesca NYC Pride March, organizada pela Heritage of Pride; do outro, a nova Queer Liberation March, uma proposta do colectivo Reclaim Pride Coalition, que seguiu o percurso original de 1970. No ano em que a cidade recebe também os eventos do Worldpride, esta coligação de associações acusa a Pride de se ter tornado uma montra publicitária para grandes marcas, deixando de espelhar as reivindicações mais urgentes da população LGBT e desviando-se da mensagem original altamente politizada dos primeiros protestos, em 1969.